JUE 28 DE MARZO DE 2024 - 10:11hs.
Alan Cimerman, ex-gerente do clube, deve R$ 395 mil

Acusado de corrupção no São Paulo não paga dívida e Wynn Las Vegas vai à Justiça

A ESPN Brasil revela que o Wynn Las Vegas, hotel e cassino norte-americano, passa por novos problemas por inadimplência de pessoas ligadas ao futebol brasileiro. Após ser obrigado a procurar a Justiça contra o técnico Vanderlei Luxemburgo, em 2015, o local agora acionou os tribunais brasileiros contra Alan Cimerman, ex-gerente de marketing do São Paulo: demitido por justa causa acusado pelo clube de corrupção.

O estabelecimento alega, em ação que corre na 16ª Vara Cível e está nas mãos da juíza Paula da Rocha e Silva Formoso, que o ex-dirigente tricolor emitiu nota promissória no valor de US$ 125 mil (cerca de R$ 395 mil), com vencimento em 30 de janeiro de 2015, mas jamais quitou a dívida.

Cimerman reconhece que fez a dívida, mas que ela foi feita para o pagamento de um show. E que ela já estaria quitada. Procurado pela ESPN, Alan Cimerman disse: "Acho que a informação de vocês está errada. Não é dívida de cassino, e sim de um show. Que já foi paga e resolvida".

O Wynn informou ao Poder Judiciário de São Paulo que a nota foi emitida em Las Vegas, Nevada (EUA), em dólares americanos, tendo como praça de pagamento a cidade de São Paulo. Contudo, Alan Cimerman não honrou com o adimplemento integral do título na data do vencimento, informou o cassino.

Assim como já havia feito em 2015, quando enfrentou problemas por falta de pagamento de R$ 430 mil de Luxemburgo, hoje no Sport, o cassino americano contratou advogados no Brasil e encaminhou cópias dos documentos assinados por Alan Cimerman quando passou pelo local, em 1 de novembro de 2014.

O Wynn fica em Las Vegas, Nevada, Estados Unidos, sendo conhecido como um dos mais caros e luxuosos cassinos da região, além de ter um dos mais caros hotéis da cidade norte-americana. O cassino é um de seus carros-chefes e oferece noitadas de pôquer com premiações na faixa de 25 mil dólares diários.

O local acrescentou, em petição enviada à Justiça dia 12 de julho do ano passado, que tentou várias vezes acordo com Cimerman, em vão. O ex-dirigente foi contratado pelo time do Morumbi em 2015 e demitido na semana passada por justa causa.

Cimerman foi mandado embora depois de o clube acusar problemas de corrupção envolvendo o então dirigente e a venda de ingressos para show da banda U2. O clube acusa Alan de repassar ingressos de camarotes bloqueados a laranjas para revenda e recebimento de dinheiro. O ex-gerente nega as acusações.

No processo, inclusive, Cimerman pediu liminar para que a Justiça fizesse o desbloqueio de sua conta bancária. No dia 9 de novembro do ano passado, ele usou o São Paulo Futebol Clube como forma de argumentação, dizendo que o time do Morumbi é a empresa destacada em seu holerite que paga seu salário.

No dia 11 de julho, a magistrada pediu que o Wynn providenciasse os meios para intimação da empresa executada sobre tal decisão. Isso foi feito dois dias depois. No dia 18 do mesmo mês, a juíza pediu que fosse expedida carta de intimação para que um oficial de Justiça intime a Spirit Comunicação sobre a penhora. O documento foi enviado, mas ainda não encontrou o destinatário.

Fonte: GMB / ESPN.com.br