VIE 19 DE ABRIL DE 2024 - 12:47hs.
Grande desenvolvimento do setor

Os cassinos e o futuro do turismo

Será agora que os cassinos vão ser liberados de novo? A pergunta se mantém no ar e, mesmo com alguns atrasos em relação aos prazos previstos, parece existir um consenso geral de que a proibição de 1946 vai ser finalmente levantada. Além da receita fiscal, a liberação do jogo poderá significar um grande desenvolvimento do setor do turismo.

Soubemos, pela mídia, que técnicos do Governo Federal (nomeadamente do Ministério da Fazenda) têm feito visitas em grandes feiras internacionais sobre jogo. É certamente um sinal, entre vários outros, de que estamos caminhando no sentido da regulação responsável.

Proibição: meio ineficaz de regular o jogo

Existem mil fatores recomendando uma abordagem diferente ao problema do jogo, ou aos problemas sociais causados pelo jogo, se você quiser. Em primeiro lugar, o fato de ter surgido a internet, algo que era do domínio da ficção científica em 1946. Hoje em dia, milhões de brasileiros podem acessar sites de cassino online e jogar em suas máquinas virtuais.

Fazem depósitos e levantam prêmios a partir de seu computador ou celular, como se estivessem em Las Vegas. Mas não estão – quem está fora do território brasileiro são as empresas que operam esses sites. E nem se pode falar que isso é um grande risco, associado a pirataria, hacking ou “dark web”; os maiores cassinos online estão baseados em países com regulação rigorosa de sua atividade, como Malta, país membro da União Europeia.

Mas esse é só o fator mais recente. Já faz tempo que os apostadores tupiniquins podem pegar um navio de cruzeiro que navega para fora das águas territoriais brasileiras e, logo que chega lá, abre as portas de seus cassinos. Ainda mais fácil é viajar até Puerto Iguazú, Ciudad del Este ou mesmo Punta del Este, onde os cassinos trabalham há muitos anos esperando os jogadores brasileiros impedidos de apostar em seu país.

Nos tempos atuais, só alguns países do Islã, Brasil e Cuba ficaram “presos” em uma época em que a proibição era a única forma de gerenciar o fenômeno do jogo. Hoje existem, por exemplo, meios eletrônicos, de controlo de dados e outros para limitar o acesso de jogadores viciados a cassinos físicos.

O jogo como fator de desenvolvimento do turismo

Além da receita fiscal, a liberação do jogo poderá significar um grande desenvolvimento do setor do turismo. Não só os jogadores nacionais que viajam no exterior poderão ficar pelo Brasil, como o potencial turístico de nossas cidades sairá reforçado. Estudos desenvolvidos ao longo da última década apontam que, só em Santa Catarina, poderia ter até mais 1 milhão de visitantes por ano com a abertura de um cassino.

Ainda não se sabe exatamente se Santa Catarina poderá receber mais do que um cassino, embora certamente tivesse mais do que um candidato pronto para gerenciar essa infraestrutura. O resort Costão do Santinho é um deles. Mas será necessário aguardar pelos detalhes finais do projeto de lei… se for realmente aprovado!

Fonte: GMB / portaldailha.com.br