MAR 23 DE ABRIL DE 2024 - 18:55hs.
AO SE COMPARAR COM 2016

Arrecadação das loterias aumentou 13,8% no terceiro trimestre de 2017

A Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE) divulgou a terceira edição do Boletim do Mercado de Loteria. A arrecadação real trimestral das loterias federais na comparação do terceiro trimestre de 2016 com o seu equivalente em 2017, registrou uma elevação real na ordem de 13,8%, saltando de R$ 3,2 bilhões, em 2016, para R$ 3,74 bilhões, em 2017.

O Boletim de Acompanhamento do Mercado de Loterias é uma publicação trimestral da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, com o objetivo de mostrar, trimestralmente, números e estatísticas dos produtos lotéricos regulamentados no âmbito federal. Pretende-se, assim, difundir esse tema junto à comunidade acadêmica e à sociedade em geral.

É importante dar publicidade ao mercado lotérico, mormente com o processo em curso de desestatização da Loteria Instantânea Exclusiva - LOTEX, cuja implantação no Brasil, prevista para o próximo ano, deverá trazer substanciais incrementos nos repasses sociais das loterias. 
 
Na tabela 1, em termos nominais, observa-se que a arrecadação das loterias federais aumentou de R$ 3,21 bilhões, no 3º trimestre de 2016, para R$ 3,74 bilhões, no 3º trimestre de 2017; perfazendo elevação de 16,5% nesse período, em termos nominais. Comparando-se a razão entre a arrecadação e o Produto Interno Bruto (PIB) também houve aumento, visto que no 3º trimestre em 2016 se encontrava no patamar de 0,2% do PIB, e nesse mesmo trimestre em 2017 alcançou,23% do PIB. 
 
 


Ao observar a arrecadação real trimestral (IPCA base Set 2017 = 100) das loterias federais na comparação do terceiro trimestre de 2016 com o seu equivalente em 2017, evidencia-se uma elevação real da ordem de 13,8%, saltando de R$ 3,2 bilhões, em 2016, para os já mencionados R$ 3,74 bilhões, em 2017. 
 
 


Com o aumento da arrecadação no terceiro trimestre de 2017, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve maior repasse de recursos das loterias para os programas sociais e elevação da arrecadação do Imposto de Renda com a premiação concedida. De fato, os repasses sociais se elevaram em aproximadamente 16,2% entre o terceiro trimestre de 2016 (R$ 1,27 bilhão) e o terceiro trimestre de 2017 (R$ 1,48 bilhão), retornando ao patamar do terceiro trimestre de 2015. 
 
 


Inicialmente, vale mencionar que, no Brasil, atualmente, existem três modalidades federais de loteria: a de sorteio de números (Mega-Sena, Quina, Lotofácil, Lotomania Dupla Sena e a Timemania), a passiva (Loteria Federal) e a baseada em prognósticos esportivos (Loteca e a Lotogol). Esta concentra menos de 1% das receitas, consequentemente mais de 99% da arrecadação federal procede das loterias de sorteio de números e passiva.

Desconsiderando a conceituação acima das modalidades lotéricas, se fizermos uma análise puramente descritiva referente ao tamanho da participação de cada produto lotérico no total da arrecadação das loterias federais, observaremos que as loterias federais no Brasil são basicamente concentradas em três produtos (Mega-Sena, Lotofácil e Quina), estando os demais em franca
queda desde 2003, ano da criação da Lotofácil. 

A fim de melhor visualizar essa concentração, dividimos as loterias federais em dois blocos, a partir do primeiro trimestre do ano 2000, no gráfico 3. No bloco 1, os três produtos mais vendidos (Mega-Sena, Lotofácil e Quina); e, no bloco, 2 os demais produtos lotéricos (Lotomania, Dupla Sena, Federal, Timemania, Loteca, Lotogol e Instantânea). 
 
 


A evolução do bloco 2 sugere que a criação da Lotofácil levou a uma perda de interesse das modalidades lotéricas constantes no bloco 2, principalmente dos apostadores da Lotomania, que abrangia 22,4% de média de participação de mercado antes da criação da Lotofácil; caindo para 7,3% de média entre o quarto trimestre de 2003 e o terceiro trimestre de 2017.

Por fim, vale ressaltar o quão concentrado se encontra a arrecadação das loterias federais, inferindo-se que exista significativo espaço para ampliar a comercialização das loterias constantes no bloco 2 (gráfico 3), mormente as Loterias de Prognósticos Esportivos (Loteca e Lotogol), cuja baixa participação não deveria, em tese, acontecer, visto que se trata de produtos atrelados ao
futebol, esporte número um na preferência nacional, onde a participação de mercado não está em linha com os números apresentados em outros países.

Fonte: GMB / SEAE