JUE 25 DE ABRIL DE 2024 - 20:56hs.
John DeCree, analista da Union Gaming

"Uma joint venture faria sentido para a futura loteria privada do Brasil"

O Brasil está pronto para privatizar suas operações de loteria instantânea no final do ano, um movimento que muitos analistas consideram um passo significativo para a comercialização de apostas na maior economia da América Latina. John DeCree, analista da Union Gaming, diz que uma 'joint venture permitiria que vários parceiros diversificassem o risco de entrar em um novo mercado como o Brasil'.

A Secretaria de Acompanhamento Econômico brasileira anunciou que vai licitar a concessão Loteria Instantânea Exclusiva (LOTEX) do Brasil em dezembro de 2017. O banco público Caixa Econômica Federal (Caixa) continua a operar a loteria mesmo quando as vendas de ingressos instantâneas foram interrompidas em 2015 antes do privatização.

Na sua última semana, a Union Gaming disse que dez dos maiores nomes da indústria de jogos de azar competirão pela concessão da loteria, que terá um prazo inicial de 25 anos. A oferta mínima para a operação da loteria é fixada em R$ 916 milhões (US$ 290 milhões com base nas taxas de câmbio atuais).

A Scientific Games, a IGT, a Intralot e a Pollard foram entre os 10 investidores multinacionais os que manifestaram interesse na concessão do bilhete instantâneo e participaram ativamente dos roadshows LOTEX em Las Vegas e Londres nas últimas duas semanas.

"Apesar das nossas discussões, parece que muitos dos principais fornecedores ainda não se comprometeram sobre se eles participariam do leilão, dado algum grau de incerteza em torno do cenário regulatório no Brasil e oportunidades de mercado", disse o analista John DeCree em uma nota publicada na quinta-feira passada.

O Brasil, que tem mais de 200 milhões de habitantes, é considerado um dos últimos mercados de jogos inexplorados no mundo. Apesar de sua atratividade, o mercado de bilhetes instantâneos do Brasil ainda está em sua infância.

DeCree advertiu os investidores para gerenciar cuidadosamente a importante taxa inicial, o que ele disse que é mais adequado para um mercado estabelecido. Ele também espera que a competição esquente entre os dez licitantes.

"Dado o potencial para uma guerra de licitação e um investimento inicial considerável, não nos surpreenderíamos ao ver IGT e SGMS ou outros grandes fornecedores se juntarem e seguirem uma estrutura JV semelhante à Scratch & Win na Itália", afirmou.

"Nós pensamos que uma JV teria sentido aqui, permitindo que vários parceiros diversificassem o risco de entrar em um novo mercado como o Brasil, onde pode ser difícil prever como a indústria vai amadurecer ao longo da duração da concessão. Também suspeitamos que um parceiro local seja um ativo valioso para incluir em qualquer consórcio prospectivo para ajudar a navegar na paisagem local e no ambiente de negócios", concluiu DeCree.

Fonte: GMB / Calvinayre.com