O presidente da Caixa Econômica
Federal, Gilberto Occhi, afirmou que o banco quer funcionar como agente
operador em uma possível regulamentação de jogos, como bingos, apostas
eletrônicas e cassinos.
Segundo ele, já levou o interessa da
Caixa ao conhecimento dos senadores Ciro Nogueira (PP-PI), autor de um dos
projetos que tramita no Congresso, e do ex-relator, Fernando Bezerra Coelho
(PSB-PE) e que ambos entendem que o banco deve "participar do processo”.
Segundo ele, a escolha da Caixa para
esse papel seria natural porque, hoje, o banco é o único órgão autorizado
legalmente a promover jogos no Brasil. Occhi afirmou que a Caixa atuaria como
"gestora, coordenadora, controladora e pagadora” na gestão dos jogos.
"Os dois parlamentares com quem eu
falei, ambos entendem que a Caixa deve participar do processo, deve fazer parte
dessa estruturação toda da legalização dos jogos. (A Caixa seria) Um agente
operador. Você vai precisar de ter essa participação de pagamento,
fiscalização, acompanhamento, tudo isso. Nosso pedido aos parlamentares é que a
Caixa pudesse participar em algum momento nessa gestão”, opinou Occhi.
Ele afirmou que a estimativa é que esses jogos têm potencial de render R$ 20 bilhões anuais em arrecadação. E disse que o país tem desperdiçado essa receita ao manter esse segmento sem regulamentação.
De acordo com ele, o maior potencial está nos jogos eletrônicos. "É o maior potencial de apostas do país, mais que bingo e mais que cassino. O casso é mais para o desenvolvimento de algumas regiões do país".
"A retomada por si só dessa discussão é um
passo importante. Isso é importante para o Brasil. Porque existe o jogo, nós
não podemos negar isso para ninguém, as pessoas apostam e o Brasil está
deixando escorrer essas receitas de tributação”, diz o presidente da Caixa.