"Lançamos uma consulta pública. Demos 30 dias para o mercado se pronunciar com sugestões. A ideia é passar mais 30 dias em estudo e partir para a regulamentação em meados de outubro ou novembro", afirmou Alexandre Manoel Angelo da Silva, secretário nacional de Avaliação de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia, em seminário sobre apostas esportivas promovido pela Federação Paulista de Futebol (FPF) ontem em São Paulo.
Na consulta pública, o governo fez uma série sete de perguntas para serem respondidas pelos interessados. Entre as questões, está o regime que deverá ser adotado no Brasil: concessão ou permissão. Ou seja, se o governo irá conceder o direito de exploração a algumas empresas ou apenas irá criar uma série de regras para que as empresas interessadas possam atuar no País.
"O modelo a ser adotado vai depender muito da consulta pública. Com a concessão, seria estabelecido um número fixo de operadores. Vai se determinar um período que será de 10 ou 15 anos. Se for por permissão, basta a empresa atender a determinados requisitos que estará apta a operar e terá licença no Brasil", explica o secretário.
Faturamento
Segundo projeções do Ministério da Economia, o setor pode movimentar de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões por ano quando atingir maturidade no País. Segundo o estudo da pasta, isso aconteceria cinco anos após a regulamentação.
A regulamentação também pode fazer com que as empresas internacionais de apostas se interessem em patrocinar os clubes. Na Inglaterra, por exemplo, 11 dos 20 clubes da primeira divisão têm uma casa de apostas como patrocinadora máster.
"Certamente vai haver muito interesse desses operadores de patrocinar os clubes brasileiros. Porque os times são o principal objetivo deles. Essa lacuna do mercado vai ser preenchida", acredita o secretário.
Fonte: GMB / O Globo