As duas companhias devem dividir US$ 200 milhões anualmente através do contrato, que cobre o negócio brasileiro de raspadinha de loteria instantânea. IGT e Scientific Games ainda precisam assinar o contrato final e a loteria deverá ser lançada até setembro de 2020.
Os analistas tiveram uma reação positiva à notícia, que é vista como uma das últimas grandes licenças de loteria disponíveis para a IGT e a Scientific Games. Dois outros grandes contratos, na Itália e na Turquia, foram recentemente concedidos a outros operadores. A Scientific Games é parceira nesses dois negócios.
"Acreditamos que essa notícia será recebida favoravelmente pelos investidores, pois essas companhias garantiram uma oportunidade significativa de crescimento e, ao mesmo tempo, proporcionam maior clareza no cenário de fluxo de caixa livre, que consideramos um bem importante para a tese de investimento de cada empresa", disse Chad Beynon, analista de jogos da Macquarie Securities, em uma nota de pesquisa.
O analista de jogos do SunTrust Bank, Barry Jonas, disse que a gerência de ambas as empresas, durante a recente Global Gaming Expo em Las Vegas, elogiou o acordo no Brasil como "uma oportunidade de longo prazo potencialmente significativa”.
Em comunicado conjunto, o CEO da IGT, Walter Bugno, e o CEO de Loteria da Scientific Games, Pat McHugh, disseram que a concessão "representa um passo importante para a privatização de jogos instantâneos de loteria no Brasil”.
Os executivos também disseram que a "parceria comercial beneficiará o povo e o governo do Brasil e reúne a vasta experiência e liderança de mercado dos líderes globais no setor de jogos instantâneos para ajudar a posicionar a Lotex para o sucesso”.
Beynon disse aos investidores que o Brasil tem a oitava maior economia do mundo, com um produto interno bruto de mais de US$ 2 trilhões e a quinta maior população global, com 200 milhões de pessoas. Ele disse que as vendas da loteria representam pouco menos de 1% do produto interno bruto do país, ou US$ 13 por adulto.
"As loterias atuais já geram mais de US$ 4 bilhões em vendas anuais, e a população mostrou uma propensão a jogar, em parte refletida pelo turismo em Las Vegas", disse Beynon. "Dada uma economia estagnada e um déficit orçamentário crescente, esperamos que os legisladores brasileiros apoiem o sucesso da Lotex", concluiu.
A licença é válida por 15 anos e será totalmente paga em sete parcelas anuais. Os acionistas pagarão 17% da receita total da loteria ao governo brasileiro.
Fonte: GMB / CD Gaming Reports
