Painel discute a manipulação de resultados em esportes é um tema sempre recorrente na questão das apostas esportivas, pois envolve não apenas a paixão pelo esporte em si mas também – e principalmente em nossa indústria – pela questão da segurança das apostas esportivas.
"O círculo vicioso gera insegurança e proteger o setor contra isso é valorizar a atividade e garantir a sobrevivência de um dos ramos da indústria de apostas. A SportRadar tem estudado muito esse tema e procuramos mostrar aos entes reguladores a importância de evitar fraudes” diz Ricardo Magri, executivo da empresa.
Segundo ele, o esporte não pode de deixar levar por promessas de vantagens financeiras para permitir a manipulação de resultados, pois isso é pernicioso para o esporte em si e para a atividade de apostas esportivas”, disse. Na sua avaliação, é mais comum isso acontecer em ligas menores e procuram mirar em jogadores com alguma vulnerabilidade para que se permitam receber tais benefícios para solucionar problemas particulares.
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Para combater esse mau, a empresa buscou oferecer um ambiente saudável de controle para as federações locais se resguardarem desse tipo de atuação fraudadora. "Monitoramos o que acontece no mercado e geramos alarmes de desvios de padrões de resultados e de apostas que estes resultados estão sendo feitas. Chegamos à perfeição a ponto de oferecer às autoridades (federações e até mesmo polícia) relatórios detalhados sobre o perfil do monitoramento realizado para promover as sanções necessárias”, afirmou.
Desde 2008/2009, segundo ele, mais de 3 mil fraudes aconteceram em diversos esportes e foram detectadas pela empresa, causando medidas disciplinares contra jogadores e árbitros, inclusive com a prisão de 24 pessoas. Na América do Sul e em especial no Brasil, poucos casos tem sido relatados. A empresa já tem acordos com a Conmebol, Federação Paulista de Futebol e CBF.
Pela Federação Paulista de Futebol, falou o vice-presidente, Fernando Solleira, que afirmou que formou-se um grupo no âmbito da entidade para analisar e coibir fraudes, "uma vez que realizamos mais de quatro mil jogos por ano e não podemos permitir que a imagem do futebol paulista seja manchada”.
Luiz Henrique Martins Ribeiro, presidente da Associação de Clubes Profissionais de Santa Catarina, disse que em seu estado o campeonato regional é totalmente monitorado e isso é importante para a segurança do esporte e investimentos sérios por parte das casas de apostas, patrocinadores do times e, claro, confiança dos torcedores de que a transparência é nossa principal marca como clubes, associações e federações”.
Fonte: Exclusivo GMB
