GMB -Qual a sua
avaliação sobre a criação e lançamento da Frente Parlamentar Pró-Jogo? Acha que
foi um passo importante para aprovação da lei?
Carla Sanches - Certamente foi um passo importante, pois sem este impulsionamento, o
projeto não teria chances de sair do papel. As discussões em conjunto
com a Frente Parlamentar Mista por um Brasil sem jogos de Azar permitirão
definir assuntos essenciais como fiscalização,arrecadação,custo para a máquina pública e o
favorecimento para a sociedade como um todo. São inegáveis os grandes benefícios
que essa aprovação traria para o país, desde que seja pautada em
responsabilidade pública e desenvolvimento social.
Os lotéricos também tem uma frente
parlamentar trabalhando por seus interesses, principalmente pela aprovação do
PL 7306/2017. Com base na experiência dos lotéricos, quais expectativas podemos
ter com a frente pró-jogo?
Atualmente as Casas Lotéricas detém o poder de registrar jogos oficiais e
com a liberação dos jogos, sem que haja um favorecimento da rede, elas
perderiam seu público alvo para outros estabelecimentos inclusive para os
jogos online. Importante a união das duas frentes para definir a situação das
Lotéricas em um novo contexto, favorecendo este negócio que tanto auxilia a
sociedade e o governo. Acreditamos que as lotéricas poderão se beneficiar da
exploração de jogos no país, se tornando o que realmente deveriam ser: casa de
jogos!
Acredita que a
classe lotérica poderia se envolver um pouco mais nos trabalhos para a
legalização total dos jogos no Brasil? Quais movimentos ela poderia fazer pela
causa dos jogos?
Conhecemos a classe lotérica e sabemos que ocorre uma desunião e até arriscamos
a dizer uma desilusão com o atual cenário do mercado lotérico, o que pode
estar ofuscando a visão de benefícios a médio e longo prazo que a liberação de
jogos pode trazer. Acreditamos que a união dos lotéricos com seus sindicatos
e/ou associações permitiria a toda classe cobrar por uma maior autonomia
em seu negócio, pois possuem um grande potencial para promover o jogo do
bicho, máquinas caça-níquel, assim como poderiam disponibilizar a venda de
cartões para cassinos, entre outros.
Falando um pouco sobre a
LOTEX, o presidente da FEBRALOT em entrevista ao nosso site, manifestou o
interesse em poder oferecer as raspadinhas na rede lotérica. Quais os
benefícios e os riscos que a venda da LOTEX podem trazer a rede lotérica?
As raspadinhas fizeram parte do dia a dia das lotéricas por vários anos.
Acreditamos que independentemente de quem ficará com a LOTEX, com certeza
não desperdiçará a atual estrutura e clientela que as lotéricas possuem
eque seja um grande benefício para a rede, aumentando seu portfólio de
produtos e consequentemente seus ganhos.
Outra polêmica
relacionada à LOTEX envolve as loterias estaduais que reclamam da exclusividade
da LOTEX oferecida pelo Ministério da Fazenda e afirmam que podem acabar. Nesse
debate, qual solução mais interessaria os lotéricos? Só a LOTEX? Só loterias
estaduais ou um consenso para oferecer os dois produtos? Como os lotéricos
podem participar desse debate?
Raspadinha ou bilhetes, não importa!Todo e qualquer produto será
sempre bem-vindo, desde que ofereça uma boa rentabilidade para a classe já
que as lotéricas têm estrutura e público para ambos. A classe lotérica poderia
e deveria participar ativamente com ideias através de suas Associações e
Sindicatos,pois possuem experiência direta com as vendas no mercado
brasileiro. Esperamos que a união de todos traga grandes benefícios e um futuro
mais promissor para o nosso país.