Na semana passada, o presidente do Brasil, Michel Temer, sancionou uma nova legislação inovadora sobre apostas esportivas, que pode alterar o destino de todos os esportes, mas principalmente do futebol, no país. Esse evento foi motivado pelos argumentos apresentados pelo professor Pedro Trengrouse, ex-aluno da FIFA Master.
Trengrouse, um freqüente palestrante em eventos da FMA em todo o mundo, é amplamente reconhecido como o principal especialista acadêmico em esportes, jogos e loterias no Brasil e tem levantado novas questões sobre o modelo de negócios atual baseado quase exclusivamente em direitos televisivos, apontando que o esporte deve descobrir um novo modelo de negócios, muito mais baseado em engajamento real do que em pura visibilidade.
Ele aponta que 2017 foi o primeiro ano com mais investimentos em publicidade online do que na TV - US$ 205 bilhões contra US$ 192 bilhões - e enfatiza que as apostas esportivas são a tendência mais forte no engajamento de fãs, alegando que o esporte deveria obter fundos com isso. "O faturamento total da FIFA com a Copa do Mundo de 2018 foi inferior a 6 bilhões de euros, enquanto o volume total de apostas globais relacionadas à Copa do Mundo foi estimado em 136 bilhões de euros", diz Trengrouse.
"A falta de envolvimento das autoridades esportivas aumenta os riscos de manipulação de resultados, sem qualquer investimento ou compensação para o esporte", conclui.
O Ministério da Fazenda do Brasil deve emitir as regulamentações para apostas esportivas online no país dentro dos próximos dois anos e o Prof. Trengrouse, que é um defensor do desenvolvimento da Aliança Global do Esporte Internacional (SIGA), já começou a dizer que é preciso se concentrar principalmente em proteger a integridade dos esportes, em vez de apenas permitir que empresas de apostas offshore operem legalmente no Brasil.
Fonte: GMB