VIE 29 DE MARZO DE 2024 - 04:25hs.
Negociação em bloco

Grêmio se junta aos times da Serie A para comercializar os direitos de apostas esportivas

Após registrar o maior faturamento de sua história no ano passado, com R$ 402 milhões, o Grêmio se prepara para buscar dinheiro em novos mercados com a comercialização dos direitos de transmissão do Brasileirão, apostas esportivas e de games para fora do país. A negociação deverá ser tratada em bloco pelos clubes da Série A, com a supervisão da CBF. “Ainda não temos clara a metodologia que será usada mas é uma oportunidade importante”, explica o CEO gremista, Carlos Amodeo.

Ainda na primeira quinzena de abril, deve ser definida a venda dos direitos de transmissão do Brasileirão ao Exterior. Além disso, o clube também poderá lucrar com outras propriedades, como a comercialização dos direitos de apostas e de games para fora do país. A projeção inicial da direção é contar com as novas receitas a partir de setembro, em meio ao segundo turno do campeonato nacional.

A negociação pelos direitos de transmissão ao Exterior é realizada em bloco pelos clubes da Série A. Uma comissão foi formada com a coordenação da CBF, mas as tratativas ainda não foram concluídas com o novo parceiro.

Uma estimativa de mercado, ainda não oficial, é de que este acordo, que será válido para os próximos quatro anos, possa render até R$ 30 milhões por temporada aos cofres tricolores. Seriam R$ 120 milhões em todo o período.

“A soberania de tomada de decisão é dos clubes. Esta negociação deve ser concluída nos próximos dias, com o encerramento do processo de contratação, a declaração da empresa vencedora e a comercialização destes direitos em relação aos próximos quatro anos”, explica o CEO Carlos Amodeo, representante gremista nas tratativas.

Tão logo seja firmado o acordo relativo às transmissões ao Exterior, deverá ter início a negociação sobre aos direitos de apostas e games para fora do país. A comercialização também deverá ser tratada em bloco pelos clubes da Série A, com a supervisão da CBF, até para que estes possam ter mais poder de barganha na mesa de negociações.

“Esta comissão de clubes deverá tratar estes assuntos de forma que possamos também verificar as opções que temos no mercado do Exterior para esta comercialização”, completa Amodeo. 

A venda em bloco destas propriedades, contudo, é pouco usual para os clubes brasileiros. Até por isso, ainda não existe parâmetro para a estimativa de valores na negociação.

Na questão específica das apostas, a Lei 13.756/18, decorrente da Medida Provisória (MP) 846/2018, foi aprovada em dezembro pelo Congresso Nacional, mas ainda não foi regulamentada. Esta tarefa ficará a cargo do Ministério da Economia, que terá prazo de dois anos, prorrogável por mais dois, para estabelecer as normas da atividade.

“Ainda não temos clara a metodologia que será usada na negociação por estas propriedades. Mas é uma oportunidade importante”, analisa o CEO gremista.

Fonte: GMB / GauchaZH