VIE 19 DE ABRIL DE 2024 - 16:38hs.
Rodrigo Molina, organizador da CONAFUT

“Todos ganham quando as empresas de apostas acreditam no potencial de mídia dos clubes”

Rodrigo Molina, sócio da escola THE 360, organizador da CONAFUT, junto a Fernando Trevisan, da Trevisan – Escola de Negócios, em conversa exclusiva com o GMB afirma que o painel sobre Apostas Esportivas dentro de seu evento foi uma excelente oportunidade de desmistificar o mercado de apostas: “O futebol é a maior mídia do Brasil, se você utilizar essa mídia de forma inteligente com certeza consegue desenvolver a relação do público com todo o circuito dos jogos”.

GMB – Gostaria que você falasse um pouco sobre a sua trajetória e quais suas atividades além da organização da CONAFUT?
Rodrigo Molina
- Primeiro obrigado por nos abordar e nos dar oportunidade. Eu sou um dos sócios da THE 360, uma escola com foco na gestão do esporte e também em questões técnicas e táticas do futebol, comunicação, eSports, entre outros temas. Estamos há seis anos no mercado, mais de 100 eventos realizados, mais de 3000 pessoas atendidas e a certeza que o nosso status perante aqueles que já nos consumiram é bem positivo e nosso desafio é cada vez maior porque quanto mais entregas legais você faz, mais aumenta o desejo em relação ao que você faz. Vai subindo o sarrafo e você tem que sempre entregar mais, pesquisar mais, estudar muito para conseguir de fato desenvolver alguma coisa impactante qualificada que tenha significado positivo para as pessoas que estão investindo.

O que fez você aceitar a ideia da Sportradar e colocar no programa da CONAFUT um painel sobre apostas esportivas no futebol?
Essa parte é muito fácil. O Ricardo Magri é nosso professor há algum tempo; esse é um tema que a gente sempre conversava nos bastidores dessas aulas e com a iminente liberação das apostas a gente entendeu que é um assunto quente. O que a gente procura trazer aqui são os assunto que estão mais relevantes, mais importantes no momento e esse é sim um tema relevante para a gente entender, desmistificar, porque pouquíssimas pessoas entendem de fato o que são as apostas, como funciona um site de apostas pois criaram um estigma sobre os sites de apostas de que eles se tratam de roubalheira, combinação de resultados, enfim, o que é uma falta de conhecimento em relação a todos os processos e métricas que existem por trás desses sites. A gente achou fantástica a oportunidade, o Ricardo nos ajudou demais a entender o mercado, a criar o painel e depois com a ajuda do Victor, do Fortaleza, o pessoal da NetBet e da Online IPS a gente conseguiu desenvolver um bom nível de discussão e, tenho certeza, elucidar muitas questões frente a esse tema.

Para você como uma pessoa do negócio futebol, qual a importância de empresas como a NetBet entrarem como patrocinadoras de clubes mesmo sem ter uma regulamentação pronta para a atividade de apostas esportivas?
Isso é simples. A gente teve uma saída bastante sensível da Caixa do futebol, ela patrocinava uma parcela um percentual significativo de clubes das Séries A e B. Qualquer empresa que venha de alguma forma contribuir com recurso financeiro que é muito carente no nosso mercado; quando falo carente é no sentido de nossos clubes sempre tiveram muita dificuldade de criar e gerir receita; eles sempre foram muito dependentes de patrocinadores. Quando você tem empresas que acreditam no potencial de mídia que são clubes; eles para mim antes de qualquer coisa eles são grandes mídias, se as empresas como a NetBet eles enxergam essas mídias e sabem se utilizar dessas mídias para promover seus negócios; acho que todo mundo ganha.  O clube com a receita, o site com a repercussão e o alvo que ele tem que é o consumidor.

Acredita que o sucesso dos sites de apostas esportivas abre espaço para outros modais de jogos também verem o futebol com um alvo de investimento em uma futura legalização completa dos jogos no Brasil?
Eu não tenho conhecimento técnico sobre o assunto. Eu creio que as premissas de compliance que foram discutidas também no nosso evento, elas são fundamentais para que essas empresas de apostas possam entrar no nosso mercado, elas se sintam seguras; não só elas mas, todos os outros players também se sintam seguros, e o caminho natural é que se o jogo for bem visto, as permissões vão ser cada vez mais naturais, cada vez maiores e as possibilidades de negócio também.

No mercado de jogos e apostas acreditasse que a população dever ser informada sobre os benefícios da atividade para também querer sua legalização. Você acha que o futebol pode ser um forte aliado para esse objetivo?
Eu acho que existe paradigmas a serem quebrados. Não existem cassinos nessa fase recente do país, existiram bingos, eu já consumi bingos e me divertia bastante; lá fora em economias mais maduras, como Inglaterra, Estados Unidos , que é super comum; já fui em cassinos na Argentina e no Uruguai. Eu acho que tudo depende muito da informação. Nós não temos a educação, não fomos instruídos para entender esse tipo de serviço, essa oferta de entretenimento. A partir do momento que essa informação estiver próxima do público fica muito mais fácil para que ele entenda como funciona, para que ele consuma de fato e para que todas as partes saiam satisfeitas nesse processo. E o futebol é a maior mídia que existe no Brasil, se você consegue utiliza essa mídia de forma inteligente com certeza você consegue desenvolver essa relação do público com as casas de apostas, com os cassinos, com tudo o que esta nesse circuito.

Fonte: Exclusivo GMB