DOM 28 DE ABRIL DE 2024 - 20:54hs.
Bart Esposito, CEO da empresa

"A Sirplay montará uma operação customizada de acordo com o mercado brasileiro"

A Sirplay, desenvolvedora de um software de apostas esportivas de última geração com todos os recursos, participou do BgC na semana passada em São Paulo para conhecer as novidades do crescente mercado brasileiro. O GMB conversou com Bart Esposito, CEO da empresa, para descobrir suas impressões sobre o evento e o setor no país. Ele manifestou preocupação com questões como impostos e o atraso na definição da legislação, mas garantiu que a empresa quer operar no país com uma estrutura voltada para especificidades nacionais e montada por brasileiros.

GMB - A Sirplay teve um estande no BgC pela segunda vez. O que fez com que a empresa voltasse ao congresso?
Bart Esposito -
Neste ano viemos para ver pessoalmente quais são as dúvidas dos operadores que já estão no país, os caminhos que a lei está trilhando e sabendo que aqui estão liderando uma indústria de entretenimento de primeira classe. Então, estivemos presentes para entender qual é a resposta para essa inquietação, entender melhor o processo de regulamentação e para estar pronto para quando a lei sair, torcendo para que isso não demore muito mais.

Sobre o conteúdo das palestras e painéis do BgC, acredita que foi esclarecedor? Qual tema abordado chamou mais sua atenção?
Os painéis foram muito interessantes. Em particular, me chamou muita atenção os discursos sobre a questão tributária e como serão aplicadas as tarifas de impostos sobre as apostas esportivas. Creio que nesse ponto algumas coisas devem ser modificadas porque pode ser que o negócio não fique rentável para o operador. Os legisladores sabem disso e já disseram que estão tomando providências para solucionar esse tipo de problema. É importante que ao final as tarifas fiquem atraentes para os operadores, senão será complicado atrair investidores para o país.

Acredita que o evento também proporcionou boas oportunidades de networking para fazer novos negócios e buscar informações?
Claro. No setor somos todos amigos, então podemos encontrar amigos que não víamos há muito tempo e é sempre um prazer estar pessoalmente com eles como nesse evento para nos aproximar com os donos, com os responsáveis e diretores para conversar e nos atualizar.

Após ouvir todo o conteúdo das palestras e conversar com outros players do setor a Sirplay já definiu quais serão seus próximos passos para iniciar um projeto para o Brasil?
Estou apenas observando como tudo vai funcionar para entender bem quais serão os passos seguintes. Seguramente, teremos de montar um escritório no Brasil e contratar profissionais brasileiros. A filosofia da Sirplay é atualizar e customizar a plataforma de acordo com o mercado. Então, quem melhor do que um engenheiro brasileiro para fazê-lo.
 


Que tipo de produtos a Sirplay pretende oferecer ao mercado brasileiro quando começar sua operação no país?
Nosso negócio principal são as apostas esportivas, então vamos propor esse produto. Porém, são quinze anos que fazemos isso e temos todos os produtos que podem interessar a todos os países do mundo, não só o Brasil em particular. Temos soluções de bingo, caça níqueis, roleta, poker online e toda a gama de produtos que um país pode querer. Podemos oferecer tudo isso, mas, claramente colocamos muita atenção ao nosso produto principal que são as apostas esportivas.

Como uma empresa que oferece outras modalidades, além das apostas esportivas, qual sua opinião sobre o processo de legalização dos jogos no Brasil?
São três anos em que falam de regulamentar o jogo no país. Não é fácil em nenhum lugar, mas, na América Latina, agora que a Colômbia liderou e regulamentou um mercado tão complicado, acredito que os principais problemas, no meu modo de ver, são definir os detalhes como os impostos e o jogo responsável, que são temas muito importantes e vão exigir dedicação e tempo. Porém, já existem alguns exemplos que podem ser seguidos. Acredito que está demorando um pouco. No ano passado eu esperava buscar clientes que já estivessem prontos para ter uma licença. Porém, os investidores estão parados novamente porque enquanto não existir uma lei clara, não poderemos fazer investimentos. E isso é assim em qualquer lugar do mundo.

Fonte: Exclusivo Games Magazine Brasil