GMB - Conte-nos sobre sua mudança de empresa e quais funções você terá dentro do Stanleybet Group.
Antonio Salord Domínguez - Estou muito feliz por fazer parte do Stanleybet Group, uma das empresas líderes no setor de jogos. Meu papel é expandir a marca na América Latina, principalmente para buscar novas oportunidades de negócios e parcerias com operadoras locais, oferecendo nossos produtos e serviços disponíveis dentro do portfólio da Magellan Robotech.
Como você acha que pode contribuir com a empresa com base no seu conhecimento do mercado latino-americano?
Como operador tenho visto o crescimento do mercado de apostas esportivas nos últimos quatro anos e como as necessidades têm mudado durante esses anos. Acredito que conhecer as necessidades de operadores e jogadores é a chave para entender como o setor funciona na região e tomar as decisões certas para estabelecer estratégias de sucesso. Ter trabalhado como operador me dá uma perspectiva melhor do que o mercado precisa.
Que países da região você vê mais avançados com relação aos jogos online e quais são mais atrasados?
Acredito que a Colômbia e o Brasil estão um passo à frente, mas países como Peru e Argentina, por causa de seu potencial, devem estar muito próximos deles. Os países regulamentados são mais atraentes para as empresas do setor, uma vez estabelecidas as regras do jogo, é mais fácil tomar a decisão de entrar em um mercado específico. No final, a regulamentação é o que marca os tempos em cada país.
A Argentina escolheu um modelo de concessão limitada para jogos online, enquanto o Brasil está analisando um modelo de licenciamento livre. Qual você acha que é o ideal?
Na minha opinião, é difícil agradar a todas as partes envolvidas, refiro-me a reguladores, operadores e fornecedores. Cada um dos agentes sempre defenderá seus interesses. No entanto, acredito que as regras do jogo devem dar a opção a qualquer operador, desde que atendam aos requisitos mínimos de proteção ao jogador. Os reguladores devem ter em mente que a carga tributária não pode ser igual ados países europeus, mas deve estar de acordo com a realidade da nossa região.
De acordo com sua experiência, qual o perfil do apostador brasileiro?
O perfil é muito parecido com o resto dos países da região. Geralmente o jogador latino é muito fã de seu time. Digamos que o fator emocional desempenha um papel importante nas previsões dos apostadores. Na América Latina, estamos na fase de ensinar o apostador a jogar. À medida que o mercado cresce, os jogadores ganham experiência e conhecimento, tornando-se mais especialistas no assunto.
A Magellan Robotech é uma empresa de serviços B2B. Para onde apontará sua gestão, especialmente no Brasil? Que expectativa o Stanleybet Group tem do Brasil?
A Magellan Robotech fornece, principalmente, produtos e serviços para apostas esportivas e jogos virtuais. É o braço tecnológico do Stanleybet Group. Estamos visando toda a região latino-americana, porém consideramos que o Brasil, devido ao seu potencial, será um dos principais países do continente para o desenvolvimento do negócio. Estou convencido de que o Brasil será um dos mercados de maior sucesso para a Magellan Robotech na região.
Uma vez que o mercado esteja regulado, sua empresa poderia estabelecer uma equipe fixa no Brasil?
Em princípio, nossa base de operações na região está localizada no Peru. No entanto, não descartamos no futuro ter uma equipe no Brasil. Tudo dependerá de como o mercado está se desenvolvendo e das necessidades dos operadores.
Você notou a onda de sites de apostas que invadiram o Brasil com patrocínios em todo o futebol brasileiro? Qual opinião sua opinião sobre esee fato?
Não me surpreende, pois é uma ação de marketing muito comum na Europa. Um exemplo claro é a Premier League na Inglaterra ou La Liga na Espanha, onde a maioria dos clubes tem algum tipo de patrocínio com uma casa de apostas. Esses patrocínios servem como posicionamento de marca no mercado-alvo. No entanto, essas práticas nem sempre são as mais rentáveis e, com o tempo, podem gerar polêmicas na sociedade, como ocorre na Espanha e na Itália.
Sua empresa tem estratégia e objetivos claros para expandir na América Latina? A questão sugere que não é fácil. Com países e regulamentações tão diferentes, pensar na região como um lugar único torna tudo mais complexo.
Na minha opinião, a chave é poder oferecer um produto que atenda às necessidades de operadores e reguladores em qualquer país do continente. Na Magellan Robotech, temos uma equipe de mais de 80 pessoas trabalhando na nossa matriz em Liverpool, desenvolvendo nossos produtos e focando em atender às necessidades de cada operador da região.
O que podemos esperar da Magellan para o restante de 2019?
Vamos expandir na América Latina para repetir o sucesso dos nossos produtos na Europa. Um dos nossos principais produtos para essa expansão é o jogo de futebol virtual Trident. Trata-se de um torneio com eventos simultâneos, onde o jogador pode acompanhar todos os jogos na mesma tela, além de possuir gráficos espetaculares. Trident é um produto inovador e que tem muito potencial, atendendo as necessidades dos jogadores no varejo e no canal online.
