GMB- Poucas empresas estão tão presentes no mercado brasileiro como a Patagonia, comparecendo sempre em eventos e feiras importantes. Como você vê o cenário atual do setor de games no País?
Peter Nolte - A Patagonia Entertainment atua em toda a América Latina e o mercado brasileiro de iGaming é de grande importância para nossa estratégia de crescimento. Fora da América Latina, a Patagonia tem uma forte presença de jogos na Espanha, Portugal, Europa e Ásia. Nossa filosofia é sempre de regionalização para garantir que a gente entregue o melhor serviço disponível para cada mercado individual.
Nossa dedicação implacável à regionalização fez com que a Patagonia desenvolvesse serviço e conteúdo personalizado para o mercado brasileiro de iGaming.
A plataforma da Patagonia foi projetada para mobile first e converge com a experiência de cassino presencial sem problemas. A plataforma é estável, escalável e personalizável para atender às necessidades das operadoras e totalmente certificada para vários mercados regulamentados em toda a região da América Latina.
O Brasil é um mercado extremamente empolgante e estamos ansiosos para aumentar nossa exposição, uma vez que o governo sinalize plenamente suas intenções e forneça a nova legislação do iGaming.
Como você imagina a Patagônia trabalhando dentro do contexto de um mercado brasileiro legalizado? Haverá uma equipe baseada no país?
Conquistar um sentimento e um tom genuíno para um mercado exige dedicação, e a Patagonia Entertainment insiste em ter uma presença no local, estabelecendo escritórios em cada país de interesse. Empregar especialistas locais ajuda a orientar o desenvolvimento de jogos, vendas e táticas de marketing. A Patagonia já tem uma equipe no Brasil e há planos em andamento para aumentar a força de trabalho, uma vez que tenhamos mais clareza sobre certificação e licenciamento.
A questão da legalização do jogo no Brasil é mais política do que social? Você tem a sensação de que as pessoas o acolhem, mas há interesses políticos que complicam a situação?
Os jogadores brasileiros devem ser considerados em primeiro lugar antes de se lançar serviços de jogos. Para a grande maioria dos apostadores, um site é de entretenimento e não de fazer dinheiro. É vital entender exatamente o que os consumidores desejam, sejam apostas esportivas, cassino ou ambos. A segurança é outro elemento-chave de uma oferta bem-sucedida do iGaming.
Obviamente, as operações de iGaming precisam ser lucrativas e entender que o lançamento em uma nova região requer recursos consideráveis. A tecnologia e a equipe são caras e precisam de investimento adequado. A regulamentação deve, portanto, ser justa para as empresas que buscam expandir-se e permitir que os operadores gerem lucro com o modelo correto em vigor.
Os governos se beneficiam das operadoras que geram lucro e precisam garantir que os jogadores estejam protegidos pelos operadores. A regulamentação deve ser implementada com uma estratégia de longo prazo em mente para permitir que os operadores prosperem e se sintam seguros. Com esta base no lugar, todo mundo será vencedor.
A Patagonia tem uma estratégia clara para expandir na América Latina? A singularidade de cada região, com seus países e regulamentações, pode se transformar em um projeto complexo.
Temos a base perfeita para expandirmos na América Latina agora que a Gaming Aggregation Platform da Patagonia está totalmente desenvolvida. Essa plataforma é incrivelmente flexível, o que permite que seja simplesmente adaptada para atender a qualquer requisito regulamentar. Uma abordagem fundamental para a América Latina é entender que nenhum país é igual ao outro e que uma estratégia genuinamente regionalizada é a única maneira de obter sucesso.
Quais países da região você vê mais avançados no setor de jogos online e quais estão se movendo lentamente?
Os principais países da América Latina que são pioneiros no setor de jogos online são a Colômbia, o México, o Peru e o Paraguai. Cada um deles adotou uma abordagem completa para estabelecer estruturas claras e os resultados falam por si. A regulamentação está ganhando impulso real pela América Latina e acredito que muitos outros países irão regular o cassino online e presencial em um futuro não muito distante.
A Argentina escolheu um modelo de concessões limitadas para jogos online, enquanto o Brasil está analisando um modelo de licenciamento gratuito. Qual você acha que é o ideal?
A Colômbia mostrou o caminho das melhores práticas para a regulamentação de iGaming. A Argentina escolheu uma abordagem diferente e o país deveria ter replicado uma fórmula comprovada para evitar complicações e afetar o crescimento.
Você poderia nos dar um resumo dos acordos de serviço que fizeram até agora neste ano com outras empresas?
Desde o início do ano, a Patagonia melhorou significativamente seu portfólio mobile graças aos acordos com Digitain, Hacksaw Gaming, Iforium, R. Franco, Vivo Gaming, Softgamings e Espresso Games. Cada parceiro melhorou e diversificou a oferta da Patagonia para garantir que o negócio continue sendo o líder de mercado na América Latina. Outras ofertas foram acordadas com a Wplay na Colômbia, 1xBet e YourBet e haverá mais anúncios em breve.
O que podemos esperar da Patagonia Entertainment para o restante de 2019?
A Patagonia tem um roteiro extremamente empolgante para o restante deste ano e para o próximo. O foco permanecerá na América Latina, mas os negócios continuarão a se expandir em torno do mundo do iGaming regulamentado. Haverá uma onda de novos títulos lançados, novos designs de jogos, recursos - cada um com uma abordagem genuinamente regionalizada para maximizar o crescimento.
O negócio está se expandindo ativamente para outros territórios regulamentados de iGaming e a foco atual está na Ásia e na África. Uma licença da MGA Malta também é esperada antes do final de 2019, bem como a abertura de um escritório europeu.
Fonte: Exclusive Games Magazine Brasil
