VIE 29 DE MARZO DE 2024 - 06:13hs.
Bruno Maia falou sobre seu acordo com a NetBet

VP de marketing do Vasco da Gama analisou o mercado de patrocínios de casas de apostas

Em entrevista ao blog do Rodrigo Mattos, Bruno Maia explica quais estratégias utilizou para conseguir parcerias comerciais após a saída da Caixa. Para ele, o banco não tinha um patrocínio, mas uma política pública. Sem um apoio quase estatal, restou ao Vasco e aos outros clubes passarem a entregar resultados aos seus patrocinadores para garantir receita. “Nós temos um acordo com a NetBet em que torcedores que se convertem pela base do Vasco e o clube ganha receita em cima do resultado deles”, afirma Maia.

Sobre o acordo com a NetBet, Maia explicou que a empresa de apostas possibilita ao clube uma receita variável em cima de resultados.

“O Vasco tem um fixo e isso é um variável adicional que tem o contrato e que se você consegue gerar receita adicional ganha em cima disso. Tem outros contratos maiores que você tem capacidade maior de entrega de resultado, e que tem participação maior de entrega de resultados. Tem a garantia mínima, e vai construir em cima de resultado”, disse Maia.

Na comparação desse modelo de geração de receitas por resultados com o que era executado pela Caixa, onde ela pagava um valor fixo, Maia explicou que hoje é possível alcançar receitas factíveis aos antigos contratos com o banco estatal.

“É bem diferente uma Caixa em relação a bancos startups que têm obrigação de dar resultado. Mas você pode ganhar muito mais. Os clubes têm capacidade de fazer essa receita. Se pegar quanto os clubes ganhavam, são valores factíveis de conseguir com obtenção de resultado”.

Segundo Maia, os sites de apostas que chegarem ao Brasil para realizar patrocínios nesse modelo de receita por resultados do clube iram encontrar um problema cultural onde os torcedores ainda desconfiam se o dinheiro retorna mesmo pro futebol.

“Torcedor ainda é muito passional e recebe poucos benefícios, isso também é verdade. Ele tem pouca clareza se aquele dinheiro que fala que está indo para o futebol está indo mesmo para o futebol. “Que dinheiro é esse que estou botando no BMG e está indo para o Vasco está onde se o clube está cheio de dificuldade financeira?” Ele desconfia. É um processo de longo prazo”, concluiu.

Além da parceria com a NetBet e a saída da Caixa do futebol, Maia também falou que ao assumir o marketing do Vasco o maior desafio foi retomar o contato publicitário com as empresas que poderiam investir e destacou que o futebol é um produto subvalorizado e que pode chegar ainda mais longe.

“Acho que o futebol é um produto subvalorizado. Você fala que estava supervalorizado porque havia apenas um player pagando e não era real aquilo. Tanto que não saiu um e entrou o outro. O potencial dele é muito maior”, concluiu o dirigente.

Fonte: GMB / Vasco Notícias