DOM 19 DE MAYO DE 2024 - 21:58hs.
Luiz Felipe Maia, sócio fundador do FYMSA Advogados

“A relevância dos patrocínios das casas de apostas cria maior urgência para a regulamentação”

Como sempre, a Clarion anunciou a participação de brasileiros na programação de palestras e debates da ICE London, que acontece na próxima semana. A mesa especial do País (no dia 4 de fevereiro) contará com Luiz Felipe Maia, sócio fundador do escritório FYMSA Advogados, para falar sobre as oportunidades que o Brasil pode oferecer aos operadores interessados. Nesta entrevista exclusiva pré-evento, Maia analisa o processo de regulação e a possível saída de Alexandre Manoel, entre outros temas.

GMB - Como surgiu o convite para participar da mesa-redonda sobre o Brasil na ICE? Quais os principais pontos que serão apresentados e qual a sua expectativa?
Luiz Felipe Maia -
Desde 2012 eu tenho a honra de ser convidado pela Clarion para palestrar sobre Brasil em seus eventos. Nesses 8 anos desenvolvemos um relacionamento de muito respeito e confiança e eu espero continuar contribuindo com o debate. Em 2020, os principais assuntos em discussão serão as apostas esportivas e a possível regulamentação dos cassinos. Há muita expectativa e incerteza na indústria em relação a como será feita a regulamentação da Lei 13.756/2018 e uma forte esperança de que o congresso nacional finalmente discuta a questão dos cassinos.

Na última quarta-feira, foi confirmada a saída do secretário Alexandre Manoel da SECAP, apesar de ainda não ter uma data definida para isso. Qual a sua opinião sobre essa mudança e que impacto ela deve ter no mercado?
O Secretário Alexandre Manoel tem muito mérito pela liderança do processo de legalização e regulamentação das apostas esportivas até o momento. Sua saída é uma surpresa para todos, mas tenho certeza que a equipe que permanecerá sob a coordenação do subsecretário Waldir Marques tem total alinhamento e capacidade técnica para continuar o trabalho com excelência.

Acredita que a notícia da saída do Alexandre vai ser um dos grandes temas durante a ICE? O que os brasileiros, como você, que falarão nas palestras, podem fazer para tranquilizar o mercado no evento?
Entendo que a manutenção da equipe de trabalho, sob o subsecretário Waldir Marques, traz um conforto para o mercado e uma clara mensagem de continuidade. Além disso, a relevância dos patrocínios das empresas de apostas cria um ambiente de maior urgência e relevância para a regulamentação.

Além da mesa-redonda, outros eventos paralelos a feira com tema sobre o Brasil e com participação de muito nomes importantes do jogo no país têm sido anunciados pela Clarion. Qual sua opinião sobre essa presença brasileira na exposição e quais resultados práticos para a legalização dos jogos ela pode trazer?
A ausência de representantes do governo brasileiro certamente será sentida e gerará alguma frustração no público. Por outro lado, a presença de tantos brasileiros será uma forte demonstração de que o tema tem ganhado cada vez mais força no país.

Acredita que a ICE será a primeira chance de 2020 do Brasil mostrar que está pronto para ser uma boa opção de investimentos em jogos a partir da regulamentação das apostas esportivas?
Acho que a indústria não tem nenhuma dúvida sobre o enorme potencial do Brasil para o mercado de apostas esportivas. A ICE 2020 certamente será uma oportunidade de compartilhar informações e comprovarmos o grande interesse internacional em nosso país.

Fonte: Exclusivo Games Magazine Brasil