DOM 19 DE MAYO DE 2024 - 18:54hs.
Presença em 13 dos 20 clubes da Série A

Sites de apostas prometem bombar mercado de patrocínios no futebol em 2020

Em 2018, nenhuma empresa do segmento de apostas esportivas esteve presente como patrocinador. Já na temporada 2019, oito empresas patrocinaram 13 clubes. O aumento foi causado pelo início da tramitação da lei 13.756/18, que regulariza sites de aposta de quota fixa. No primeiro ano sem a presença da Caixa, que estampava sua marca nas camisas de 14 dos 20 clubes da Série A, o segmento de apostas esportivas fez diferença no mercado e terminou 2019 patrocinando 13 times.

Em outros países, o segmento já está consolidado; na Inglaterra, por exemplo, metade dos clubes da principal divisão contam com patrocínio do setor na propriedade frente máster. Contudo, considerando o processo de regulamentação da lei, e o vasto mercado, com cerca de 500 sites especializados, o segmento aparenta ser uma tendência nos patrocínios de futebol para os próximos anos.

A promulgação da Lei 13.756/18 em 12 de dezembro de 2018 mudou a realidade do patrocínio aos clubes de futebol no Brasil. A medida legalizou apostas esportivas e permitiu que sites do ramo fizessem publicidade em propriedades de clubes e competições —no Campeonato Inglês, por exemplo, praticamente metade dos clubes tinha marcas de apostas estampadas do uniforme.

No primeiro ano sem a presença da Caixa Econômica Federal, que estampava sua marca nas camisas de 14 dos 20 clubes da Série A em 2018, o segmento de apostas esportivas fez diferença no mercado e terminou este ano patrocinando 13 clubes (Avaí, Bahia, Botafogo, CSA, Corinthians, Cruzeiro, com duas marcas, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Santos, São Paulo e Vasco).

O "mapa dos patrocinadores dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro 2019", feito pelo Ibope Repucom, mostra que há uma tendência de crescimento desta modalidade de parceria nos próximos anos. São duas razões: a existência de cerca de 500 sites especializados em apostas e em busca de visibilidade no país e também o processo de regulamentação da lei.

A modalidade de apostas esportivas válidas atualmente é chamada de "quota fixa", quando é definido no momento da aposta quanto o apostador pode ganhar em caso de acerto. Além disso, o que for arrecadado será destinado ao pagamento do prêmio ao apostador, à seguridade social, ao Fundo Nacional de Segurança Pública, à educação e aos clubes de futebol.

O Ministério da Fazenda tem prazo de mais um ano, prorrogável por outros dois, para regulamentar a atividade. Ainda será responsável pela autorização e concessão das loterias de apostas. Ou seja, o mercado ainda pode ser ampliado e diversificado nos próximos anos, gerando mais receita para os governos federais e estaduais, para os apostadores e para o esporte.

Antes da regulamentação e do monitoramento, o futebol brasileiro movimentava R$ 4 bilhões por ano em apostas. Em 2019, apenas sete clubes não terminaram o Brasileirão patrocinados por empresas do segmento de apostas esportivas: Athetico Paranaense, Atlético-MG, Ceará, Chapecoense, Grêmio, Internacional e Palmeiras.

Fonte: GMB / UOL / Ibope-Repucom