Gabriel Liberati e Thiago Mansur, da TM4 Sports, uma das empresas organizadoras do evento, deram as boas-vindas aos inscritos no Summit e agradeceram os patrocinadores do evento. “Serão mais de dez horas de conteúdo de alta qualidade, em que debateremos novas tecnologias, empreendedorismo, inovação e muitos show cases nos esportes. Espero que todos aproveitem o evento e que ele seja esclarecedor e ponto de partida para excelentes contatos”, disse Thiago.
Bianca Pena fez uma apresentação do e-Museu do Esporte, espaço virtual e plataforma para criação de exposições, galerias e museus online focado na preservação e divulgação do esporte mundial de forma inovadora. O museu pode ser conhecido visitando o site www.emuseudoesporte.com.br.
Comunicação visual, consolidação de bancos de dados e engajamento de fãs também foram abordados na Sportstech Brasil Summit, além de aspectos de capacitação de profissionais na área esportiva e realidade virtual, consolidação de marcas, integridade e compliance. Foram mais de 30 convidados separados em seis debates: Gestão e Performance, Games e eSports, Compliance e Bets, Streaming Esportivo, Fan-Engagement, Investimento em Sportechs e Entretenimento e Mídia.
Bernardo Itri, da Federação Paulista de Futebol, falou sobre inovação no futebol, destacando a necessidade de trazer soluções de promoção do futebol para modernizar a atividade: “Em 2015 tínhamos 15 competições organizadas pela FPF, com mais de quatro mil jogos e desses, menos de 5% eram transmitidos, todos por plataformas externas, sendo a principal delas a parceria com a Rede Globo para o Campeonato Paulista e a Copa São Paulo. Conseguimos fechar outras parcerias e começamos a transmitir outros jogos por conta própria e nossa ideia era a democratização do futebol, dando acesso a torcedores de times de menor visibilidade.
"Em 2019 chegamos a 1.058 jogos transmitidos”, comentou, destacando que a inovação chegou a partir das parcerias de streaming, inclusive com o Facebook. “O Comitê de Inovação teve como objetivo gerar inovação especialmente na área de marketing e comunicação para monetização, que é o grande desafio dos clubes”, explicou Itri.
Apostas esportivas e compliance
Angelo Alberoni, Country Manager do Betmotion Brasil, participou com Leonardo Neri e Mariana Cechini do debate “Compliance, LGPD & Bets”, mediado por Andrei Kampff.
Andrei comentou que “quando se fala em esporte, o ordenamento jurídico, a integridade e o compliance fazem parte desse mundo fascinante" e indagou Alberoni sobre onde já se pode investir no mercado brasileiro.
“Nos últimos dez anos vimos uma explosão de marcas de apostas esportivas, principalmente na Europa, onde dominam a questão do patrocínio da Premier League, a liga mais importante do mundo, e grandes marcas patrocinando clubes na Espanha, Itália e Portugal. Temos uma lei para as apostas esportivas aprovada em 2018, e estamos num momento importante pois a atividade está em vias de regulamentação, que está sendo discutida pelo BNDES”, comentou o executivo do Betmotion.
Ele destacou que uma das questões importantes na questão das apostas esportivas é quanto ao compliance. “Temos um compliance muito rígido para fugir da falsa imagem da lavagem de dinheiro. Isso é algo que prejudica o esporte e a empresa que está por trás das apostas. As empresas de dados do mundo nasceram para fazer a fiscalização das atividades esportivas para as casas de apostas. Tem gente que ainda acha que uma empresa ponto bet está diretamente envolvida com fraude. Muito pelo contrário. A empresa de aposta é a maior investidora no compliance e na integridade esportiva e proteção de dados”, explicou.
Sobre a Lei Geral de Proteção de Dados também é algo interessante, na opinião de Alberoni: “As empresas de apostas trabalham com muitos dados sensíveis de clientes, como dados bancários, cartões de crédito e criptografia para bitcoin. Isso vai muito além da LGPD”.
Quanto à questão de investimento durante a lacuna existente entre a lei e a regulamentação das apostas esportivas, o Country Manager do Betmotion Brasil destacou que “hoje 80% dos clubes da Série A do Brasileirão são patrocinados por casas de apostas. Temos limitações legais para falar mais sobre apostas de uma maneira mais ostensiva e até para educar o seu fã. Acho que a educação é a principal mensagem que uma empresa de apostas pode oferecer no Brasil. Ou seja, fazer uma educação prévia à regulamentação para os usuários”, disse.
Entre a lei e o regulamento, segundo ele, “é possível aos torcedores explorar esse entretenimento das apostas esportivas, divertindo-se e passando o tempo. É isso que podemos explorar nesse período”.
Dentro desse sentido, Mariana Cechini comentou que o compliance vem para trazer transparência aos clubes e às casas de apostas. “Com isso, as pessoas terão clareza e confiança sobre a atividade. É importante a aplicação de governança e compliance pelas casas de apostas e a regulamentação é necessária para o setor. Já temos a integridade esportiva que reforça essa transparência”, comentou.
Para finalizar, Alberoni citou um case de sucesso na relação entre o Betmotion e a NBB. “A NBB é muito profissional e eles possuem um compliance muito rígido e baseado nas políticas da NBA. Para nós, enquanto marca de apostas, podemos criar uma série de produtos por trás do NBB e trazer para os fãs do basquete o que é a aposta, educando-o”, explicou ele.
Balanço positivo
“De modo geral, o balanço do Summit foi muito positivo, tivemos ótimos feedbacks de diversos profissionais da área. Nosso mercado precisa desse incentivo e conexão para que consigamos fomentar as startups e o empreendedorismo no esporte”, contou Thiago Mansur, da TM4 Sports, um dos organizadores do evento.
Fonte: GMB
