Becky Liggero Fontana questionou como se mover em um mercado onde a legislação é como uma “zona cinzenta” em que a regulamentação ainda não foi confirmada e não apresenta possíveis penalidades. O Brasil é um desses casos. “Neste momento, do jeito que está a regulamentação, o projeto foi aprovado e a atividade não é mais ilegal. O regulamento não foi confirmado, mas, por enquanto, está tudo bem para os negócios. Prova disso é que todo mundo está fazendo isso”, disse o CEO da Betcris.
Embora a América Latina e especialmente o Brasil ainda sejam considerados um mercado emergente pela maioria das grandes marcas esportivas e operadores de jogos de azar, continua a mostrar um enorme potencial para engajamento. Duarte acredita que as apostas esportivas ainda não explodiram totalmente na região, pois as pessoas consideram as apostas esportivas ainda uma novidade para o entretenimento na região.
“Se fôssemos apenas esperar para ver o que acontece, seria tarde demais. Porque temos todas essas empresas europeias e locais que basicamente vieram do Brasil fazendo negócios e fazendo marketing para ficar à frente de todos”, disse Duarte.
Ele acredita que a Betcris está perfeitamente posicionada no mercado para proporcionar às marcas esportivas um novo patamar de engajamento no mercado brasileiro: “Em tudo o que fazemos, procuro sempre dar passos sólidos. Não é uma aposta para nós, há muito trabalho no desenvolvimento de nossos negócios, regulamentações e tudo mais. Temos uma equipe muito forte focada em relações governamentais, regulamentações, compliance e observamos tudo isso com muito cuidado”.
Na entrevista completa, Duarte discute também como as operadoras podem se beneficiar da exposição ao mercado latino-americano e seus insights sobre a regulação do mercado no Brasil: “Se alguém começa a olhar o Brasil hoje para entrar no mercado, já está atrasado. Vai demorar muito para se posicionar porque as principais propriedades em termos de marketing e alianças estratégicas já estão tomadas.”
“Estamos tentando tornar a empresa invencível e uma forma de fazer isso é entrar no mercado para ficar. Não estamos apenas nos arriscando. E é o caso do Brasil. É esperar que o país finalmente decida, tendo a certeza de que temos tudo pronto para conseguir a licença quando chegar a hora”, finalizou.
Fonte: GMB