A EGR Power Latam é um dos meus eventos favoritos. Sempre foi um evento pequeno, com poucas pessoas, que lá estavam sempre a convite da organização. Por esta razão, nunca foi lugar para curiosos ou iniciantes. A EGR era lugar para que os tomadores de decisão se encontrassem e, também por isso, alguns dos nossos bons contratos foram fechados lá.
Demorei um pouco para entregar à GMB minha análise do evento, pois eu tinha material comparativo com as edições anteriores, quatro, se não me engano.
O evento cresceu. Tínhamos mais de 100 pessoas lá, o dobro das anteriores. Mas Niahm e Sam, organizadores da EGR, mantiveram-se firmes no propósito de trazer para o evento os tomadores de decisão. Qualitativamente, não perdemos nada com o aumento de executivos presentes.
Tratamos lá, obviamente, da melhor notícia do continente, a regulamentação de Buenos Aires. Falamos de Brasil, é claro, alternando visões positivas e negativas sobre os caminhos das autoridades brasileiras.
Já vemos entre os “Avengers brasileiros” (expressão cunhada pelo amigo Fabio Tiberia para referir-se aos brasileiros que cuidam diariamente dos rumos da legalização em Brasília) opiniões no sentido de que é melhor regular aos poucos e seguir no caminho do que tentar uma regulação abrangente e permanecer engasgado. Não vejo dessa forma e meu comentário acerca da minuta de decreto, lançada pela GMB há uns 10 dias, demonstra o tamanho da minha insatisfação.
A presença de um time brasileiro, dessa vez, deu esse tom de diversidade aos discursos. Até então, salvo engano, nas edições anteriores da EGR eu fui o único brasileiro a falar de Brasil, juntamente com a Luciana Hendrich, cuidando de assuntos como marketing e oportunidades de publicidade no Brasil. Sob esse ponto de vista, o comparecimento de um time brasileiro trouxe visões distintas, o que é sempre saudável.
Uma última impressão é o fato de que gigantes da indústria não vieram ao evento desse ano. Segundo minhas conversas, a inconsistência no discurso das autoridades brasileiras colocou alguns operadores em compasso de espera. Essa falta de confiança é fruto exclusivo dessas idas e vindas na regulamentação.
Um grande abraço e um ótimo Março a todos!
Witoldo Hendrich
Advogado especialista em Jogos, presidente da Abra Jogo Online e Sócio-Fundador da Online IPS