DOM 21 DE DICIEMBRE DE 2025 - 19:16hs.
Witoldo Hendrich Junior, advogado e Sócio-Fundador da Online IPS

“Na EGR, se alternaram visões positivas e negativas sobre o caminho da regulação do Jogo no Brasil”

Nesta coluna de opinião exclusiva para o Game Magazine Brasil, o advogado especialista e Sócio-Fundador da Online IPS, Witoldo Hendrich Jr., descreve sua trajetória pelo EGR Power Latam em Buenos Aires, um dos seus eventos favoritos. “Tratamos lá, obviamente, da melhor notícia do continente, a regulamentação de Buenos Aires. Falamos do Brasil, é claro, alternando visões positivas e negativas sobre os caminhos das autoridades brasileiras”, conta Witoldo.

A EGR Power Latam é um dos meus eventos favoritos. Sempre foi um evento pequeno, com poucas pessoas, que lá estavam sempre a convite da organização. Por esta razão, nunca foi lugar para curiosos ou iniciantes. A EGR era lugar para que os tomadores de decisão se encontrassem e, também por isso, alguns dos nossos bons contratos foram fechados lá.

Demorei um pouco para entregar à GMB minha análise do evento, pois eu tinha material comparativo com as edições anteriores, quatro, se não me engano.

O evento cresceu. Tínhamos mais de 100 pessoas lá, o dobro das anteriores. Mas Niahm e Sam, organizadores da EGR, mantiveram-se firmes no propósito de trazer para o evento os tomadores de decisão. Qualitativamente, não perdemos nada com o aumento de executivos presentes.

Tratamos lá, obviamente, da melhor notícia do continente, a regulamentação de Buenos Aires. Falamos de Brasil, é claro, alternando visões positivas e negativas sobre os caminhos das autoridades brasileiras.

Já vemos entre os “Avengers brasileiros” (expressão cunhada pelo amigo Fabio Tiberia para referir-se aos brasileiros que cuidam diariamente dos rumos da legalização em Brasília) opiniões no sentido de que é melhor regular aos poucos e seguir no caminho do que tentar uma regulação abrangente e permanecer engasgado. Não vejo dessa forma e meu comentário acerca da minuta de decreto, lançada pela GMB há uns 10 dias, demonstra o tamanho da minha insatisfação.

A presença de um time brasileiro, dessa vez, deu esse tom de diversidade aos discursos. Até então, salvo engano, nas edições anteriores da EGR eu fui o único brasileiro a falar de Brasil, juntamente com a Luciana Hendrich, cuidando de assuntos como marketing e oportunidades de publicidade no Brasil. Sob esse ponto de vista, o comparecimento de um time brasileiro trouxe visões distintas, o que é sempre saudável.

Uma última impressão é o fato de que gigantes da indústria não vieram ao evento desse ano. Segundo minhas conversas, a inconsistência no discurso das autoridades brasileiras colocou alguns operadores em compasso de espera. Essa falta de confiança é fruto exclusivo dessas idas e vindas na regulamentação.

Um grande abraço e um ótimo Março a todos!


Witoldo Hendrich
Advogado especialista em Jogos, presidente da Abra Jogo Online e Sócio-Fundador da Online IPS