SÁB 18 DE MAYO DE 2024 - 17:04hs.
Foram escolhidas pela CBF e pelos clubes até 2024

Zeus Sports e Stats Perform ficam com o streaming do futebol brasileiro para sites de apostas

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Comissão Nacional de Clubes (CNC) informaram na tarde desta sexta-feira, 17, que em reunião por videoconferência com a presença de 31 clubes, foi concluída a primeira fase do processo de seleção das empresas para exploração dos direitos internacionais de transmissão do Campeonato Brasileiro, Séries A e B, e os direitos internacionais para streaming for betting. Para este ultimo serviço, foi escolhida a proposta conjunta das empresas Zeus Sports Marketing e Stats Perform até o final de 2023 por US$ 15,6 milhões pelo total do contrato.

A decisão foi tomada com o voto exclusivo dos clubes após minucioso trabalho coordenado e apresentado por um grupo técnico formado por dirigentes dos times. O processo de seleção foi iniciado há mais de 10 meses e marcado pela união da CBF e dos clubes para definições estratégicas em relação à projeção do Campeonato Brasileiro no exterior. A CBF abriu mão de qualquer participação econômica no contrato em favor dos clubes.

Antes da definição foram avaliados os modelos de negócio, de cada uma das empresas interessadas, em relação às formas de distribuição do produto, experiência em projetos desta natureza, sistema de remuneração dos clubes e capacidade de inovação na área tecnológica.

Baseados nestes aspectos, os clubes optaram, nessa primeira fase, pela proposta das empresas Global Sports Rights Management (GSRM) para direitos internacionais para TV aberta, TV fechada, Pay Per View, internet e OTT/streaming; e pela proposta conjunta das empresas Zeus Sports Marketing e Stats Perform para direitos internacionais para streaming for betting.

A oferta de garantia mínima oferecida, segundo apurou a Máquina do Esporte, foi de US$ 15,6 milhões pelo prazo de comercialização dos direitos entre 2020 e 2023. Ela não chegou a ser a proposta de maior valor recebida pelos clubes para essa propriedade.

Agora, o consórcio terá de detalhar o plano de ação para comercialização dos direitos nas casas de apostas. No documento de licitação enviado às agências, os clubes exigiam que os proponentes arcassem com todos os custos de produção do material. Até 2022, porém, a Globo é quem fornecerá as imagens dos jogos, o que reduziria o custo de produção.

Além disso, será necessário agora a apresentação das datas de entrega do projeto, a definição da estratégia de comercialização, e uma meta global de faturamento. Os clubes terão uma participação em cima do lucro da operação.

Diferentemente da licitação para os direitos de transmissão ao exterior, não existe das empresas que venceram a concorrência para as casas de aposta a obrigatoriedade de investir em promoção do campeonato. Elas vão pegar carona no que for feito pela GSRM, que venceu a outra concorrência.

Essa é uma das razões para que a garantia mínima dada pelas empresas aos clubes pelo período de quatro anos seja maior na de apostas (US$ 15,6 milhões) do que na de direitos internacionais (US$ 10 milhões).

A partir de agora o processo entra em sua segunda fase, quando as empresas selecionadas passarão por validação do escopo de trabalho, atendimento às normas de governança e conformidade, apresentação das garantias financeiras e formalização dos instrumentos contratuais. Até que esta fase esteja rigorosamente cumprida, os clubes e a CBF não consideram o processo concluído.

A intenção dos clubes é celebrar contratos com duração de quatro anos (2020, 2021, 2022 e 2023) e tendo como meta principal a ampliação da visibilidade do Campeonato Brasileiro no exterior, além do retorno financeiro aos clubes envolvidos.

Os modelos de negócio selecionados contemplarão pagamento de garantia mínima e, em relação aos direitos internacionais de transmissão, divisão de receita por performance de vendas. Estão previstos ainda investimentos nas áreas de branding, identidade visual, ações de ativação no mercado global e combate à pirataria. Além disso, garantem aos clubes uma gestão compartilhada das estratégias mercadológicas e controle, por meio de auditoria, dos resultados obtidos.

Fonte: GMB