GMB - Vocês anunciaram recentemente uma mudança de nome pela qual Spieldev foi renomeada como Vibra Gaming. Por que a mudança? O que esperam conseguir?
FR - A mudança para a Vibra Gaming se deve a uma expansão da empresa que praticamente implica uma nova empresa a partir de sua visão e concepção. Portanto, acreditávamos que um novo nome era necessário para refletir isso. Nosso objetivo é tornar a empresa e a marca uma referência em jogos na região.
Entre outras inovações, vocês acrescentaram "reforços" à equipe. O que Ramiro Atucha e Marcelo Blanco, os fundadores da Leander Games, podem trazer à Vibra Gaming?
FR - Já trabalhamos há vários meses com Ramiro e Marcelo expandindo a gama de produtos ao mesmo tempo em que desenvolvemos uma série de jogos clássicos de cassino para jogadores brasileiros. Mas continuando com a pergunta, me parece melhor que Ramiro se junte para responder e contribuir com seu ponto de vista.
RA - Para nós, a América Latina é o próximo grande mercado da indústria. Penso que a nossa maior contribuição deriva do entendimento que temos da região; somado a mais de dez anos trabalho com o mercado regulamentado europeu. Nossa experiência nessas duas áreas é o grande diferencial que podemos oferecer aos nossos parceiros atuais e futuros.
Qual o diferencial da sua marca na qual os produtos foram projetados e pensados para a América Latina?
FR - Uma das estratégias da Vibra Gaming é abordar os jogadores através de produtos conhecidos e, em seguida, oferecer-lhes novos conteúdos. Um exemplo claro disso é pegar jogos clássicos brasileiros que são jogados há vinte anos e adaptá-los como títulos online.
RA - Dessa forma, embora o online seja um novo meio, o jogador se depara com algo que ele já identifica e conhece. Esse é o primeiro passo da curva de aprendizado do jogador em nossa região.
Hoje, como está sua penetração no mercado da América Latina e quais produtos são mais atraentes para o apostador da região?
RA - Embora tenhamos começado a desenvolver jogos para o Brasil, temos como alvo todos os principais mercados da região. A atratividade dos produtos varia de acordo com o país e o grau de maturidade dos jogadores. O que posso dizer é que é preciso mais do que uma simples tradução para o português ou o espanhol, adicionando as moedas correspondentes. Você precisa entender bem qual produto oferecer em cada mercado e gerar seriamente o conteúdo local. Acreditamos que aqueles que entendem isso terão uma vantagem competitiva real.
Como foi o seu 2019? Alcançaram os objetivos estabelecidos?
FR - 2019 foi um ano muito interessante com tudo o que vem acontecendo a nível regulatório em diferentes países. Podemos dizer que temos crescido juntos com a América Latina. Nosso objetivo é continuar expandindo nossa gama de produtos e nos posicionar como líderes nesse sentido.
A pandemia do coronavírus paralisou praticamente todas as atividades. Como a Vibra está passando por esse momento e como você acha que sairão? Os possíveis danos foram dimensionados?
RA - Por mais óbvio que seja, quero dizer que logicamente é uma situação muito estranha e infeliz para todos e que nosso maior desejo é que as pessoas se cuidem e saiam da melhor maneira possível. Em relação à Vibra, em particular, implementamos alguns dias de trabalho em casa e outros no escritório há algum tempo. Por esse motivo, os sistemas de trabalho remoto já estavam em operação e, com a chegada da quarentena, mover toda a operação para essa modalidade não reduziu a produtividade nem nos causou maiores transtornos.
Do lado dos negócios, logicamente nos afeta pessoalmente em termos de viagens, feiras e algumas reuniões, além da redução da atividade em alguns setores, como as apostas esportivas. Por outro lado, há anos que promovemos os caminhos on-line e digital para o jogo, agora com foco em um mercado que é basicamente físico como o da América Latina. Não apenas por causa de algo tão extremo quanto uma pandemia, mas em geral por causa de uma mudança nos hábitos das pessoas em relação a atividades não presenciais, acreditamos que muitos cassinos enfatizarão sua presença on-line e é aí que podemos ajudar.
No segundo trimestre deste ano, vocês planejam oferecer uma solução White Label para as operadoras que desejam entrar no mercado latino-americano?
RA - A solução que vamos oferecer é destinada a investidores que desejam iniciar uma nova operação em nossos mercados. Uma das histórias de sucesso da Vibra Gaming que já podemos contar é a da Betsul. Embora sejam apenas apostas esportivas, é uma amostra da plataforma já em operação.
FR - Com relação ao software, a plataforma que vamos oferecer inclui, além das apostas esportivas, uma solução de cassino com slots e videogames. E no nível de padrões técnicos, cumpre os requisitos dos mercados europeus que lidam com os mais altos níveis de conformidade, como UKGC, IOM, Malta e Gib, entre outros.
O que você observa sobre o mercado brasileiro? Não demorará muito para o inicio dos regulamentos que provocaram polêmica. Você analisou o texto? Você está planejando investir no Brasil de alguma forma?
FR – A Vibra Gaming é uma empresa B2B. As mudanças que estão acontecendo, uma vez reguladas, afetam fundamentalmente a operação. De qualquer forma, investimos no mercado brasileiro desenvolvendo conteúdo, soluções de plataforma e participando de todos os eventos do setor.
Quais são as metas estabelecidas para 2020? Irão participar de feiras e eventos este ano?
RA - Nosso principal objetivo para 2020 é estabelecer-nos como referência na região. Do lado do produto, planejamos desenvolver um novo conjunto de vídeo bingos com base na experiência de produtos históricos. Também planejamos lançar jogos de slot altamente competitivos no mercado, combinando nosso conhecimento das preferências locais com os níveis técnicos e de qualidade que os mercados maduros, como a Europa, demandam.
FR - Também planejamos participar de todos os eventos importantes da região, incluindo Brasil, Colômbia, Peru e Argentina, entre outros, para que a Vibra Gaming se posicione no lugar que queremos na indústria.
Fonte: Exclusivo Games Magazine Brasil
