LUN 29 DE ABRIL DE 2024 - 10:34hs.
Marco Pequeno, Diretor Executivo

“Apesar da pandemia, a performance da iGaming360 melhorou e nossos clientes já viram os resultados”

Com mais de sete anos de experiência e trabalhando com alguns dos principais players do mercado brasileiro de jogos, o Diretor Executivo da iGaming360, Marco Pequeno, afirma que ”os atrativos do mercado local para os operadores não mudaram por conta da crise”. Em entrevista exclusiva com o GMB, ele aponta algumas ações que as empresas podem fazer para manter os laços com seus usuários, os benefícios do trabalho de afiliação e o crescimento que teve a iGaming360 neste tempo apesar do COVID-19.

GMB - O que as empresas podem fazer para combater a crise da pandemia?
Marco Pequeno -
O momento é complicado e acredito que, como empresas e empresários, temos uma grande responsabilidade neste momento. E há também possibilidades, é claro. Toda crise oferece possibilidades, basta estar atento e pronto para aproveitá-las.

Dentro do nosso mercado, acredito que este seja um momento de abrir ainda mais nossa relação com nosso público. A ausência da maior parte das ofertas de eventos esportivos não quer dizer que tenhamos que estar parados, ou que tenhamos que divulgar ofertas de cassino exaustivamente. Claro, são esforços válidos, mas acredito que as empresas que se sairão melhor dessa crise não serão necessariamente as que mais ganharão novos cadastros nestes meses, mas sim aquelas que conseguirem criar uma identidade e um relacionamento mais fortes com seus usuários. No longo prazo, estas terão chances ainda maiores de prosperar.

Como os seus serviços poderiam ajudar as companhias durante a época da quarentena?
Exatamente nesta questão de reconhecimento, algo tão importante normalmente e ainda mais agora. Temos trabalhado isso com nossos clientes, focando muito mais em ações que gerem algum tipo de relação com o usuário ou seguidor. É claro que cadastros são sempre bem-vindos, mas não acredito que tenha que ser o foco agora, até pelos problemas de branding que isso pode gerar, por conta de falta de ofertas de bônus de boas-vindas, por exemplo. Nosso trabalho é sempre fazer com que os operadores tenham destaque pelos motivos corretos e, a partir deste destaque, sejam gerados cadastros. E a situação atual, se é que ela afetou de alguma forma nosso trabalho, foi intensificando nossos esforços de buscar novas maneiras de nos relacionar, enquanto operadores, com nossos clientes e isso tem dado ótimos resultados.

Como se faz para conseguir atrair empresas de jogo para o Brasil nesses tempos?
Precisamos entender que, primeiro, a pandemia é grave, claro, mas ela terá um fim. A crise que a acompanha será manejada dentro das possibilidades de cada empresa, diante das possibilidades que virão. Já se fala, por exemplo, em datas para retornos de diversas ligas na Europa, o que significa uma reativação do mercado do jogo.

Em segundo lugar, não podemos estar parados, culpando a crise. Quem parar de trabalhar porque só tem campeonato acontecendo na Bielorrússia, já está descartado pelo usuário, seja ele o mais pesado ou o recreacional. E isso não quer dizer que trabalho é apenas oferecer apostas nos eventos disponíveis. Outros trabalhos devem ser intensificados ou iniciados para que a marca não seja prejudicada por conta do momento de baixa no mercado.

Os atrativos do Brasil não mudaram por conta da crise e, por mais que seja uma situação incomum, é hora também, de possibilidades, como já falei antes. Empresas que estiverem seguras de seu planejamento e entrarem no Brasil com paciência, algo que já deveriam ter mesmo sem crise, ainda podem ter sucesso no longo prazo.

Acredita que, por estarmos passando por uma pandemia, isso deveria impulsionar a legalização do jogo em geral para gerar novos recursos?
Não sei se deveria ser acelerado. Já vimos como as coisas acontecem no Brasil quando são feitas da noite para o dia. Raramente sai algo que seja bom para o mercado, incluindo as empresas e seus clientes.

Há algumas semanas, a própria Games Magazine Brasil questionou alguns especialistas jurídicos em algumas ideias ou decisões que ocorreram há algumas semanas, e eu faço coro às críticas que eles registraram. Ainda há muita discussão e muitas melhorias a serem alcançadas no projeto de regulamentação antes que possamos oficializá-lo.

Quais estratégias são mais viáveis para operadores que querem trabalhar no Brasil assim que a regulamentação de apostas esportivas sair?
Não há uma ou duas estratégias. Há uma série delas, todas com chance de sucesso. Depende, também, do que é o objetivo destes operadores no Brasil. Há operadores que chegam no Brasil com planos ambiciosos de serem líderes de mercado e dispõem de grandes orçamentos para isso, mas há também aqueles que buscam os nichos, como apostadores que utilizam apenas criptomoedas, e nestes casos a noção de sucesso é totalmente diferente.

Nós aconselhamos, primeiro, que o operador desenvolva um plano de entrada no país, e nós podemos fazer isso junto com o operador. Se tivermos os objetivos e condições bem especificados, podemos traçar estratégias mais certeiras para alcançar estes objetivos.

E, no final das contas, independentemente do orçamento ou dos objetivos, o fim da conversa sempre é quem opera melhor seus planos. Quem oferece o melhor produto para cada tipo de apostador. Já vi casos de operadores com rios de dinheiro, mas que tomaram uma decisão errada atrás da outra, não contavam com uma boa plataforma e perderam usuários para concorrentes que dispunham de orçamento bem menor, mas que eram cirúrgicos em suas decisões.

Acredita que a afiliação é uma das maneiras de conseguir se implantar com sucesso no país? Por quê?
O trabalho de afiliação é fundamental. Primeiro porque ele é um dos únicos e o mais eficaz dos jeitos de fazer trabalhos de performances no Brasil, onde operadores ainda não podem fazer anúncios descaradamente focados em conversão. O afiliado, que já tem este objetivo, consegue oferecer esta performance.

Segundo que o afiliado traz a credibilidade dele para o operador. Um bom afiliado, com um bom produto, com certeza será bem visto pelos usuários, e quem estiver relacionado a este afiliado aproveitará de seu status de confiança ante uma comunidade.

Qual o foco da sua empresa para conseguir passar por essa fase da pandemia? Como estão gerindo os serviços internos?
Nosso foco não mudou. Ele segue sendo ajudar nossos clientes a ganhar mais destaque no mercado brasileiro e, em última instância, conseguir novos usuários ativos para nossos clientes.

Claro, nosso dia a dia mudou muito. Assim como todos que podem, estamos trabalhando de casa, mas isso não teve impactos negativos em nossa operação. Pelo contrário, nossa performance melhorou. Estamos realizando ainda mais entregas, ainda mais criativas e em cada vez menos tempo e nossos clientes já viram os resultados desta mudança.

Fonte: Exclusivo GMB