Foi neste período que os gastos com transporte superaram, pela primeira vez, os de alimentação no orçamento familiar brasileiro, conforme o IBGE já havia divulgado em outubro do ano passado. Os gastos com habitação - que incluem aluguel, condomínio, água, luz, gás, entre outros – se mantiveram como o de maior peso nas despesas dos brasileiros.
Ao analisar os tipos de despesas entre as famílias do país, o IBGE identificou que, em média, elas gastam por mês R$ 12,79 com arroz, enquanto desembolsam R$ 14,16 com jogos e apostas - uma diferença de quase R$ 2.
Chamou a atenção também o gasto com fumo, que foi, em média, de R$ 18,95 por mês – valor que supera em quase R$ 3 o gasto mensal com legumes e verduras (R$ 16,07), em R$ 4,10 o com previdência privada (R$ 14,85) e chega a ser maior, até mesmo, que com o pão francês (R$ 18,63), bem como os com sanduíches e salgados (R$ 18,29).
O IBGE observou que o gasto com jogos e apostas entre as famílias com acesso pleno e regular à alimentação de qualidade (R$ 11,60) é quase o dobro do desembolsado pelas famílias com algum tipo de restrição alimentar (R$ 6,76). A menor média de gastos (R$ 5,96) foi observada entre as famílias com insegurança alimentar moderada. Entre aquelas com restrição severa a alimentos, a média de gasto mensal com jogos e apostas foi de R$ 6,02.
Já em relação ao fumo, o IBGE apontou que as famílias em situação de fome são as que menos gastam com esse tipo de produto – em média, R$ 15,56. O maior valor de gasto com fumo foi observado entre as famílias com insegurança alimentar leve (R$ 18), seguido pelas famílias com insegurança alimentar moderada (R$ 17,51). As famílias com pleno acesso à alimentação apresentaram o segundo menor gasto com fumo - R$ 17,29, em média, por mês.
Entre as bebidas, constatou-se que os gastos com refrigerantes por mês (R$ 12,06) superam em R$ 2,03 a média de gastos com cervejas e chopes (R$ 10,03), que é próximo ao valor gasto com café moído (R$ 9,92).
Fonte: GMB / G1 / IBGE