MIÉ 8 DE MAYO DE 2024 - 13:48hs.
Florencia Brancato, Diretora da América Latina

“A Pinnacle trabalhou duro em oportunidades como Dota e LoL no Brasil”

Durante o SBC Summit Latinoamerica 2021, realizado no final de outubro em Miami, um painel intitulado “Aproveite os benefícios de um calendário esportivo intenso” deixou reflexos para empresas que buscam maximizar seus negócios para o ano que vem. “Temos de trabalhar muito em oportunidades como Dota e LoL, principalmente no Brasil. Conseguimos patrocínios com o Santos para sua equipe de eSports, e isso também impulsionou a parte do cassino”, explicou Florencia Brancato, Diretora da Pinnacle para a América Latina.

O calendário esportivo de 2022 promete grande apelo para os fãs latino-americanos, aumentando o potencial da região como o próximo foco de concentração para a indústria de apostas. Com a Copa do Mundo de Futebol FIFA de 2022 liderando o interesse público, operadoras estabelecidas no continente estão debatendo como capitalizar essas experiências depois de enfrentar os desafios deixados pela pandemia.

Durante o SBC Summit Latinoamerica 2021, que aconteceu no final de outubro em Miami, um painel intitulado ‘Aproveite os benefícios de um calendário esportivo intenso’ - patrocinado pela Stats Perform - deixou reflexos para empresas que buscam maximizar seus negócios para o próximo ano.

Moderado por Juan Ignacio Juanena, Gerente de Negócios da Enjoy SA, o debate girou em torno das lições aprendidas nos últimos dois anos, como a necessidade de abrir um negócio omnicanal, a flexibilidade para incorporar soluções originais - como adicionar novos setores de jogos - e o valor das parcerias estratégicas, especialmente para o desenvolvimento online.

Contando com a experiência da Pinnacle, Florencia Brancato, diretora da empresa para a América Latina, explicou que a inovação foi vivida sobretudo nas novas verticais, como torneios esportivos em outras regiões e, principalmente, nos eSports. “Aproveitamos muito os eSports”, disse ela. “Temos de trabalhar muito em oportunidades como Dota e LoL, principalmente no Brasil. Conseguimos patrocínios com o Santos para sua equipe de eSports, e isso também impulsionou a parte do cassino”.

Agora, como Juanena destacou, o calendário mais ativo nos próximos meses será a oportunidade de aquisição e retenção de jogadores, um desafio difícil de enfrentar em mercados com economias instáveis ​​e competição internacional voraz.

Segundo o moderador, o recrutamento será uma questão central, “principalmente em 2022 com a Copa do Mundo”, tendo em vista a competição entre operadoras de todo o continente, enquanto “times esportivos, como no Brasil, atribuíram 85% da capacidade publicitária às casas de apostas”.

Para Alberto D’Angelo, CEO da La Tinka, os custos de aquisição dispararam, pois a concorrência também é experimentada na mídia tradicional, onde apenas as empresas internacionais com maior apoio têm capacidade de alcance. Por isso, a operadora peruana optou por fortalecer seu negócio online para também manter o varejo vivo, com “uma boa plataforma e uma excelente gama de jogos e recargas e pagamentos rápidos. O atendimento ao cliente é fundamental, mas você tem de fazer isso desde o início”.

Ele acrescentou: “Este último tipo de jogador cresceu muito durante a pandemia. Tentamos nos aproximar dos mercados, entendendo quem é o player que gera valor para nós e como conseguimos reverter aqueles que vêm para "buscar dinheiro". É preciso ter um grande orçamento de marketing, investir em TV e conversão digital. Alianças, associações estratégicas e afiliados trabalham duro.”

Diante disso, Brancato também foi enfática ao afirmar que o mercado latino-americano precisa de mais afiliados. “Na Pinnacle, tentamos ser criativos e buscar diferentes canais de aquisição. Temos influenciadores que apostam, que educam o mercado e funcionam como embaixadores da marca. Isso nos ajudou muito a crescer com jogadores tradicionais e VIP. Com eles, criamos uma dinâmica educacional necessária na América Latina”, comentou.

Além de estratégias específicas de marketing e pagamento para incentivar a aquisição e retenção nestes períodos de crescimento, D’Angelo explicou que os mercados locais precisam de mais regulamentação por parte das operadoras e fornecedores.

Os reguladores copiam as melhores práticas de mercados já avançados, mas não estabelecem primeiro as condições para alcançar, em princípio, o desenvolvimento desses mercados. Então, eles impõem regulamentações de países mais desenvolvidos e isso prejudica os investimentos que já foram feitos. É importante trabalhar com os reguladores, para que o marco regulatório seja moderno, proteja os investimentos internos, incentive o trabalho e favoreça o mercado local”, afirmou.

Fonte: SBC Americas