MIÉ 8 DE MAYO DE 2024 - 22:37hs.
Guilherme Bucchi – Sócio-Fundador, Betting B2B

“Regulamentação é burocrática, mas a aprovação dos jogos é inevitável”

Em entrevista exclusiva ao GMB, Guilherme Bucchi, Sócio-Fundador da Betting B2B, diz que a regulamentação dos jogos no Brasil é um processo burocrático mais inevitável. A empresa de consultoria e de marketing tem em seu portfólio cases de sucesso, como a criação do zero da operação da Tempobet e da Betwinner no Brasil e acordos de publicidade no Brasileirão para firmas como MarjoSports, Vivagol, Tempobet e Betwinner. Agora, quer expandir sua atuação com foco na aprovação das apostas esportivas. “Estamos preparados e é o que recomendo aos nossos clientes”, diz Bucchi.

Games Magazine Brasil - Gostaria que você apresentasse a Betting B2B e o que o levou a fundar uma empresa de consultoria estratégica para atender o mercado de jogos e apostas.
Guilherme Bucchi -
A Betting B2B atende exclusivamente operadores do ramo da aposta (esportiva, eSports, cassino e poker). Foi criada para auxiliar operadores a estabelecer uma operação viável no mercado brasileiro. Mesmo antes da criação da empresa já trabalhávamos diretamente para múltiplas empresas de apostas esportivas e cassinos e de uns cinco anos para cá a demanda aumentou muito devido ao movimento de grandes empresas europeias e asiáticas para o mercado brasileiro. Com isso, juntamos nossa experiência de mais de 10 anos no mercado de apostas Latam e formamos uma equipe com especialidades distintas. Hoje temos especialistas em produto, patrocínios, afiliados, mídia e sempre unimos forças através de parcerias estratégicas.              

Ou seja, vocês nasceram ao identificar que alguns operadores que pretendiam entrar no Brasil encontravam dificuldades para implementar suas estratégias?
Na verdade esse foi a razão de expandir nossa equipe e nossa experiência, trabalhando em diversos projetos com operadores, o que nos possibilitou conhecer ótimos profissionais com experiência distintas, mas indispensáveis para a indústria da aposta e agora a Betting B2B conta com uma equipe de 7 pessoas. Na América Latina, e principalmente no Brasil, é muito importante tropicalizar a operação, e vimos muitos grandes operadores chegarem e saírem do Brasil sem resultados, pois apostaram em estratégias que funcionaram na Europa ou Ásia, mas não funcionam aqui.

Mas a Betting B2B é uma empresa de consultoria comercial ou de marketing?
Atualmente dividimos nossa operação em duas grandes frentes de negócio que se complementam, consultoria e marketing. A ideia desde o início foi de oferecer soluções de produto, operação, marketing e afiliação. E devido a atual procura, estamos estudando a possibilidade de abrir uma nova frente de negócio voltada para fornecedores da indústria de jogos como: provedores de jogos, pagamentos, odds, mercados, KYC etc.

Quais os diferenciais que você aponta como fatores de sucesso da Betting B2B no mercado brasileiro?
Nosso trabalho é focado em resultados. Avaliamos o produto do cliente antes de qualquer comprometimento de ambas as partes e traçamos em conjunto com o operador estratégias que já foram 100% testadas. Com esse modelo de negócio, evitamos o desperdício de dinheiro dos nossos clientes e evitamos entrar em projetos que não estejam alinhados com nossa estratégia e busquem retornos rápidos e não sustentáveis.

Quais são as principais atividades que vocês desenvolvem para os clientes?
Dividindo em carga horária 30% consultoria e 70% em marketing. No marketing, alguns projetos de afiliação, parte das atividades são ações de marketing pontuais com parceiros recorrentes, LED no Brasileirão com a Betwinner, LED na Supercopa com a Betano, o programa de TV (focado em apostas esportivas) fechado para 2021 e outros projetos menores como eventos e influenciadores.

Poderia citar dois ou três cases de sucesso de trabalhos desenvolvidos pela Betting B2B?
Criação do zero da operação no mercado brasileiro de duas marcas internacionais (Tempobet e Betwinner). Desenvolver afiliação e compra de mídia para múltiplos operadores internacionais. Acordos de LED no Brasileirão Série A e B com grandes marcas nacionais e internacionais (MarjoSports, Vivagol, Tempobet e Betwinner)

Como você analisa o crescimento do mercado brasileiro, ainda que não exista até o momento a regulamentação das apostas esportivas?
Vejo muito otimismo no mercado, e a movimentação de operadores locais migrando suas operações de rua para o ambiente online e os operadores internacionais aproveitando a desvalorização da moeda brasileira (Real/BRL) para fazer grandes aportes e entrar de vez no mercado brasileiro.

E como dar tranquilidade aos clientes e potenciais clientes da Betting B2B de que investir no Brasil é seguro? Eles já chegam com essa mentalidade, uma vez que os principais operadores internacionais já atuam no país?
A grande pergunta é como alinhar as expectativas do investidor para o mercado brasileiro. O mercado brasileiro exige um grande investimento financeiro, recursos humanos durante um longo período de tempo. A Betting B2B já rejeitou acordos para assumir a operação online no Brasil por não concordar com as estratégias exigidas pelo operador. Pois em nossos cálculos, não era possível entregar os KPI´s após 12 meses e o operador se retirar do mercado brasileiro. 

Você acredita numa rápida regulamentação das apostas esportivas e na aprovação de algum projeto que permita outras verticais de jogos no Brasil, como cassinos, bingos e jogo do bicho?
Já estive mais otimista sobre a rapidez da regulamentação, hoje entendo que é um processo demorado e burocrático, mas inevitável de ser aprovado. Por isso temos de estar preparados quando o momento chegar, e é o que recomendo a todos os nossos clientes.

Fonte: Exclusivo GMB