O movimento causa um racha nas exposições de marcas nos campos às vésperas da competição. O objetivo dos times foi obter condições mais vantajosas financeiramente e em exposição de seus produtos.
Dentro da nova realidade contratual, os clubes mandantes terão direito a expor seus patrocinadores e produtos proprietários, como sócio-torcedor, nos painéis de leds e tapetes 3D.
O contrato prevê ainda que ao término de cada edição do Campeonato Brasileiro uma auditoria independente contratada apresentará o desempenho comercial das propriedades. A medida visa a manutenção permanente do equilíbrio econômico do acordo. A empresa ainda afirma que vai distribuir recursos para a organização da Liga.
As placas do Brasileiro passaram a ser negociadas pelos clubes a partir da edição 2019 após a Globo abrir mão de comprar essas propriedades. Com isso, 19 clubes assinaram um acordo com a Sport Promotion com a intermediação da CBF. Mas havia diferenças nos acordos - Flamengo e Corinthians ganhavam mais em contratos separados.
A Brax Sports Assets, grupo composto por três empresas de marketing esportivo, fez proposta para novos contratos para os clubes do grupo Forte Futebol. A oferta era para pagar as rescisões do acordo com a Sport Promotion e oferecer um valor mais vantajoso.
No total, os clubes Athletico-PR, América-MG, Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Fluminense, Goiás e Juventude assinaram um acordo de três anos com a Brax. O objetivo da empresa é tentar atrair os outros oito clubes restantes.
"Por entender que o contrato é um avanço para o futebol brasileiro, que é o caminho do crescimento e de novos passos para o fortalecimento do ecossistema, a BRAX tem o objetivo de atrair outros clubes para esse modelo. Não vamos parar por aí", afirma Bruno Rodrigues, um dos sócios da Brax, por meio da assessoria.
A Brax já fechou a venda de cotas de placas para alguns patrocinadores, entre eles a Betano. Por outro lado, a Sport Promotion tinha negociado com a Sportingbet.
Dessa forma, no Brasileiro da Série A, haverá um grupo de patrocinadores em sete campos do campeonato, e outros patrocinadores nos outros 12 campos. E serão marcas concorrentes. Por exemplo, no Maracanã, um jogo do Flamengo terá exibição de determinadas marcas e, no do Fluminense, de outras marcas.
Hoje, a Sport Promotion paga aproximadamente R$ 12 milhões em seus contratos com Corinthians, Flamengo e Palmeiras. A Brax promete diminuir esse abismo e colocar fim à disparidade. Por trás dela, estão a Esportecom, responsável pelas placas do Carioca, a Market Sport, do ramo de tapetes em gramados, e a Printac, também responsável por placas no Brasil e na América do Sul.
Essas já atuam no mercado de placas em competições da Conmebol e do Campeonato Carioca, entre outros. Os clubes já tinham avisado a CBF que rescindiriam o contrato. A Sport Promotion analisa medidas a serem tomadas.
Fonte: GMB
