VIE 19 DE ABRIL DE 2024 - 19:36hs.
Brazilian iGaming Summit - BiS 2022

Operadores de pagamento esperam regulação para melhorar experiência dos apostadores

No painel “Os meios de pagamento disponíveis no Brasil na visão dos Operadores”, moderado por Ari Célia (Advisor e Membro do Conselho da Pay4Fun), empresários como Fernando Garita, (Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Betcris), Filippos Antonopoulos (CEO da Okto) e Thomas Carvalhaes (diretor regional da VDB) comentaram o que já funciona bem no setor brasileiro, os maiores problemas que ainda enfrentam e a expetativa pela regulação do setor.

Abrindo a discussão Thomas Carvalhaes, diretor regional da VDB, destacou que os operadores de pagamento são parceiros fundamentais, mas, que hoje vivem um momento de adaptação, assim como as casas de apostas.

“Sem métodos de pagamentos não temos operação. Sem o tráfego feito pelos afiliados também não. Todos os parceiros são de grande importância. Porém, acredito que como nós operadores tivemos que nos adaptar encontrando formas para fazer o negócio funcionar, o provedores de pagamento também tem tido de se reinventar mediante uma falta de regulamentação, que é o momento que nós temos, para fazer de fato o negócio acontecer”, afirmou. 

 

 

O Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Betcris, Fernando Garita, afirmou que os diferentes métodos de pagamento já fazem parte do dia a dia de todos, porém, espera uma regulamentação que expanda as opções de operação para todo sistema financeiro.

“Uma regulação em que não somente os métodos de pagamento, mas, toda a estrutura bancária abra as portas cada vez mais, será melhor para todos, inclusive para o Estado a nível tributário. Estará controlado, seguro e com uso livre para todas as pessoas”, explicou.

 

 

Filippos Antonopoulos, CEO da Okto, ressaltou a importância dos métodos de pagamento para uma boa experiência do usuário e que o maior desafio é conseguir realizar um atendimento automático.

“A experiência para o usuário deve ser parecida como as outras formas de e-commerce. Nesse caso, que seja rápido, tenha liquidação automática, também o payout. A operação do jogo tem uma coisa distinta as pessoas pagam, mas, também recebem dinheiro. Por isso, a velocidade de receber o prêmio de forma automática é importante também. Isso é difícil, sempre foi, inclusive na Europa; no caso de uma regulamentação transitória fica mais difícil ainda”, explicou.

Ainda no campo dos desafios relacionados às formas de pagamentos, Thomas Carvalhaes, afirmou que operadores que seguem regulamentos de diferentes jurisdições acabam limitando o cliente e destacou a dificuldade do uso do cartão de crédito para apostas.

“Eu já vi operação onde o método de pagamento com licença de Curaçao aplica limites da jurisdição de Malta, o que não tem nenhum sentido. Outro desafio limite pela falta de regulamentação é com relação ao cartão de crédito. Isso para nós é um pesadelo porque 75% das operações acabam bloqueadas. Esse é um dos grandes desafio por falta de uma estrutura regulatória”, relata o diretor regional da VDB.

Por fim, Filippos Antonopoulos, destacou que o mercado brasileiro gigante e muito promissor, mas, que demora pela regulação atrapalha o bom andamento do setor pode afastar bons operadores.

“Estamos muito felizes trabalhando no sistema bancário do país. Por outro lado, esperamos muito a regulamentação. Um mercado inteiro em trânsito não é muito bom. O processo de trânsito é normal; em uma viagem se pode trocar de avião, porém, ninguém quer ficar em um terminal por dias”, concluiu.    

Fonte: GMB