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Patrocínios de casas de apostas no futebol geram engajamento, crescimento a todos os envolvidos

O Brasil vê a alguns anos o crescimento do número de casas de apostas aparecendo como patrocinadoras de clubes de futebol, além de outros esportes. Por isso, o BIS abriu espaço para discutir o assunto no painel “Dinâmica de Patrocínio das Casas de Apostas no Futebol”. Nessa conversa moderada por Matheus Antunes (Volta pra Marcar), Rafael Zanette (EstrelaBet), Mateus Lemos (PixBet), Fellipe Drommond (Magnus Futsal) e Jorge Avancini (VP de Marketing do Internacional), explicaram porque essas parcerias têm dado tão certo.

Fellipe Drommond, CEO do Magnus Futsal, abriu o debate explicando que os clubes tem procurado marcas que se identifiquem com seus valores e vão muito além do simples aporte financeiro. “O esporte de maneira geral sofre muito com a falta de credibilidade dos patrocinadores. Quando a gente vai para o mercado e faz um estudo do seu aquecimento, vemos que o bet está presente praticamente em todas as equipes do futebol brasileiro. Claro que procuramos seguimento mercadológico, mas, também damos importância aos valores da empresa que nos patrocina quem está por traz, se partilha com o projeto que a gente imagina, tudo isso é fundamental”, afirmou.

 

 

Jorge Avancini, Vice-Presidente de Marketing do Internacional – RS, disse que questões regionais também interferem em algumas escolhas, contudo, admitiu que a nova parceria do clube com a EstrelaBet já chegou quebrando antigas barreiras. “Agora com a Estrelabet quebramos o paradigma de que se você está em um clube, tem de estar no rival da mesma cidade. Essa é uma situação que confunde as empresas, já que não há dados que comprovem que houve uma represália para a marca por parte da torcida do clube que não teve o apoio”, afirmou.

Rafael Zanette, Head de Patrocínios da EstrelaBet, contou que a operadora procura conseguir o engajamento das torcidas dos clubes patrocinados e que para isso a marca abraça as causas do time. “Cada situação é diferente, é um projeto novo. Nós trabalhamos sempre com a mesma base que é projeção de imagem e engajamento da torcida.  Por isso com o Inter fomos até mais ousados porque colocamos que não somos patrocinadores, mas, torcedores do clube. Esse é o jeito que a Estrelabet vai para o mercado. A gente quer chegar, abraçar a causa, estar junto com o time e sabemos que isso vai gerar para nós um engajamento em meio a torcida que vai se reverter para a operadora. Eu sofro com o Remo, Inter, o Magnus. Queremos realmente que a parceria se consolide e cresçamos juntos”.

 

 

Já para Mateus Lemos, Head de Patrocínios, Influenciadores e Ativações da PixBet, a principal aliada para que o trabalho de apoio aos clubes tenha bons resultados é a ativação que precisa ser usada em todo os momentos.

“É muito importante você ter mídia dentro do futebol que hoje é o esporte que rege o mercado brasileiro. Mas, eu entendo que a ativação de marca é que faz a diferença dentro do patrocínio de futebol. É muito mais importante você trazer o torcedor para perto da marca, a fim de que ele entenda quem é você, no que trabalha, o seu propósito; assim ele começará a converter esse trabalho de volta. É como ter uma Ferrari, você tem que colocar gasolina. A ativação é esse combustível. Na vitória o torcedor sempre estará conosco, mas, na derrota é importante trabalhar para que o torcedor entenda que você está próximo do time”, declarou.

Por fim, o dirigente do Internacional, Jorge Avancini, destacou um ponto que muitos clubes ainda não entenderam e pode gerar muitos frutos para todos. “Os patrocínios acabam, são finitos. Mas, no momento que eles saem, um outro banco ou operadora, tem que ter a ideia de que o Inter é legal. Então, o meu papel lá também é fazer com que o banco tenha mais correntistas, o seguro venda mais planos de saúde e a casas de aposta tenha jogadores. Esse é um papel que os clubes ainda não identificaram muito bem”, concluiu.

Fonte: GMB