VIE 5 DE DICIEMBRE DE 2025 - 04:15hs.
Declaração conjunta

Clubes de futebol chilenos defendem acordos de patrocínio com casas de apostas

O debate em torno da participação de casas de apostas como patrocinadoras do futebol chileno está se intensificando mais uma vez. Cecilia Valdés, presidente da Associação de Cassinos, alegou que aqueles que promovem essas plataformas estão participando de atividades ilegais. Em uma declaração conjunta, 13 clubes questionaram a declaração e outras feitas por críticos, afirmando que eram exageradas.

Após a decisão da Suprema Corte, os clubes agora sabem que anunciar casas de apostas é o mesmo que anunciar drogas, porque ambas são ilegais no Chile”, afirmou Cecilia Valdés em uma entrevista.

Em uma declaração conjunta, 13 clubes (Cobresal, Limache, Coquimbo, Unión San Felipe, Unión La Calera, Everton, Audax Italiano, Palestino, O’Higgins, Ñublense, Huachipato, Deportes Concepción e Universidad de Concepción) questionaram a declaração e outras feitas por críticos, alegando que eram exageradas.

Lamentamos as interpretações exageradas de alguns meios de comunicação, como as declarações da Associação de Cassinos do Chile, equiparando a publicidade de plataformas regulamentadas a atividades criminosas como o tráfico de drogas. Essas comparações não são apenas imprecisas, mas também minam um debate que exige um alto nível de visão e foco em soluções coletivas”, afirmaram os clubes.

Diversas casas de apostas estão envolvidas no futebol chileno. Os clubes defendem a legitimidade de seus acordos de patrocínio com essas casas de apostas.

Temos assessoria especializada que confirma que esses acordos são válidos e alinhados às práticas globais, onde plataformas de jogos online patrocinam eventos esportivos, competições e mídia em todo o mundo — incluindo canais de TV, rádio e veículos de notícias no Chile”, argumentaram.

No documento, os clubes também alertaram sobre os riscos que uma proibição total dessa publicidade representaria para o esporte nacional.

Em contextos regionais semelhantes, associações esportivas defenderam esses patrocínios contra iniciativas legislativas que buscam proibir a publicidade em camisas e transmissões, alertando sobre o risco de desvantagem competitiva e social que isso poderia criar. No Chile, uma interpretação restritiva poderia exacerbar desafios análogos, deixando o ecossistema esportivo em absoluta desvantagem em nível continental e global”, acrescentaram.

Além do aspecto econômico, as instituições enfatizaram o papel social que desempenham, argumentando que também promovem o Jogo Responsável. “Os clubes não são parte do problema; nós somos parte da solução. Por meio de campanhas transversais de Jogo Responsável e programas comunitários, financiados em parte por esses patrocínios, contribuímos para o desenvolvimento integral dos jovens, promovendo valores como disciplina e trabalho em equipe”, afirmaram.

A declaração foi feita após a Suprema Corte do Chile aceitar um pedido de proteção apresentado pela Lotería de Concepción. O Tribunal ordenou que as principais empresas de telecomunicações — Claro, Entel, GTD, Movistar, WOM e VTR — bloqueassem imediatamente todos os sites de jogos de azar online.

Fonte: G3 Newswire