
"A ideia foi conversar com o time profissional e a comissão técnica no princípio que a gente chama de educação permanente. Os atletas têm que estar alertas dessas questões que hoje são tão presentes no dia a dia do futebol profissional e também amador”, afirmou Marcos Motta, advogado e vice-presidente de administração.
“Questões envolvendo integridade esportiva, apostas esportivas, os casos de doping e as questões disciplinares. Então a ideia nossa foi clarear alguns desses pontos com alguns exemplos práticos, claros, reais do que acontece no dia a dia nos tribunais esportivos para que seja uma questão preventiva e não reativa quando o caso já está consumado", disse.
"A palestra foi muito proveitosa, pois tratou de temas extremamente relevantes nos dias de hoje, especialmente as apostas esportivas e o doping. Foi essencial que os atletas ouvissem especialistas no assunto e compreendessem todos os cuidados necessários para não caírem nessas armadilhas. Fiquei muito satisfeito", completou José Boto, diretor de futebol do Flamengo.
O Rubro-Negro elaborou um código de conduta para instruir os atletas sobre riscos e vai apresentá-lo também na base e no futebol feminino. Na ocasião, além de Motta, o vice-presidente geral e jurídico do clube, Flávio Willeman, e o advogado Michel Assef Filho também participaram da palestra.
O caso Bruno Henrique
A Polícia Federal indiciou, nesta terça-feira (15), Bruno Henrique, do Flamengo, por supostamente ter forçado um cartão amarelo em jogo contra o Santos, no Brasileirão de 2023, e beneficiar apostadores. Nesse sentido, o relatório da investigação conta com 84 páginas e foi entregue à Justiça esta semana.
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) informou que deve apresentar a denúncia formal contra o atleta até o fim de abril ou início de maio. Caberá à Justiça decidir se aceita a acusação e transforma o jogador em réu. Assim, a denúncia é pautada no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, e ele pode pegar pena até seis anos de prisão.
Além do jogador, também foram indiciados o irmão dele, Wander, a cunhada Ludmylla Araújo Lima, a prima do atleta, Poliana Ester Nunes Cardoso. Outros seis amigos próximos do irmão também estão sob investigação: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Max Evangelista Amorim e Douglas Ribeiro Pina Barcelos.
O Flamengo informou, por meio de nota, que ainda não recebeu notificação oficial das autoridades e reforçou a defesa da presunção de inocência.
Fonte: GMB