Dados recentes apontam para uma tendência de endividamento crescente, especialmente entre jovens e usuários que apostam com frequência, reforçando a necessidade de discutir o equilíbrio entre lazer e responsabilidade financeira.
De acordo com um levantamento da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), aproximadamente 70% das denúncias relacionadas a apostas envolvem perdas financeiras significativas, muitas vezes impulsionadas por publicidade agressiva ou falta de informação sobre limites seguros.
Já um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), realizado em 2023, revelou que cerca de 18% dos apostadores frequentes afirmaram já ter recorrido a crédito ou empréstimos para continuar apostando. Esses dados chamam atenção para os riscos associados à falta de planejamento financeiro ao lidar com apostas.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o volume de endividados em decorrência de jogos e apostas cresceu mais de 30% entre 2022 e 2024, uma tendência que preocupa órgãos reguladores e especialistas em finanças.
Ao contrário de outras formas de lazer, como cinema, shows ou serviços de streaming, as apostas não possuem um “preço fixo”. O usuário define quanto vai gastar e, se não houver controle, pode acabar ultrapassando os próprios limites sem perceber.
Especialistas recomendam que o valor destinado às apostas seja enquadrado na categoria de "gastos com lazer", ou seja, dentro de um orçamento definido anteriormente. Além disso, especialistas recomendam que o dinheiro utilizado nas apostas seja somente aquele “extra”, que não irá fazer falta no momento de pagar as contas do mês, por exemplo.
1. Definir um limite mensal
Assim como outras atividades de lazer, o ideal é estabelecer um valor fixo para apostar mensalmente, sem o ultrapassar, independentemente de ganhos ou perdas.
2. Evitar apostas para “recuperar perdas”
Esse é um dos maiores gatilhos para o endividamento. Apostar para tentar recuperar o prejuízo anterior costuma agravar a situação.
3. Optar por sites autorizados
O avanço da regulamentação permite hoje consultar e utilizar apenas casas de apostas legalizadas, que seguem normas rígidas de segurança, transparência e controle. No portal Bonusdeapostas.com, é possível conferir uma lista atualizada de todas elas no Brasil, com comparativos e avaliações independentes.
A regulamentação aprovada em 2023 e que entrou em vigor em janeiro de 2025 estabeleceu uma série de diretrizes para tornar o ambiente de apostas mais seguro e responsável. Entre os destaques, estão:
* Proibição de apostas com cartão de crédito
Apenas depósitos via PIX, transferência ou boleto bancário são permitidos, com liquidação em até 120 minutos.
* Obrigatoriedade de CPF e reconhecimento facial
Garante a identificação do usuário, evitando fraudes e favorecendo o controle de múltiplas contas.
* Limites e ferramentas de autoexclusão
Casas autorizadas devem oferecer recursos para o usuário definir limites de gasto ou tempo de uso, além da possibilidade de se autoexcluir temporariamente ou permanentemente da plataforma.
* Publicidade mais restrita
Está proibida a veiculação de anúncios que façam promessas de enriquecimento fácil ou que incentivem apostas entre menores de idade.
* Combate a sites ilegais
Mais de 9.600 domínios irregulares já foram bloqueados pela Anatel, em ação conjunta com o Ministério da Fazenda.
Essas medidas pretendem criar um ambiente mais controlado e seguro para o apostador, além de contribuir para a redução de casos de vício e sobre-endividamento.
Apostar online pode ser parte de uma rotina de lazer saudável, desde que feita com responsabilidade e dentro de limites bem definidos. A regulamentação brasileira é um avanço importante nesse sentido, mas o papel do usuário ao manter disciplina, escolher plataformas confiáveis e se informar continua sendo essencial.
Optar por casas de apostas devidamente autorizadas pelo Ministério da Fazenda e pela Secretaria de Prêmios e Apostas, que seguem os critérios impostos pela nova legislação, é um passo fundamental para garantir segurança, transparência e acesso a ferramentas de controle financeiro e emocional durante a prática.