
A Flutter Entertainment reportou um aumento de 8% na receita em relação ao ano anterior no primeiro trimestre de 2025, atingindo US$ 3,67 bilhões. O EBITDA ajustado aumentou 20%, para US$ 616 milhões, enquanto o lucro líquido aumentou 289%, para US$ 335 milhões, impulsionado por um aumento de 8% na média de jogadores mensais (AMPs).
“Estou satisfeito com o desempenho dos negócios durante o primeiro trimestre, com a expansão dos nossos negócios nos EUA impulsionando uma mudança radical no perfil de lucros do grupo”, disse o CEO Peter Jackson.
Em relação ao Brasil, a empresa relatou uma queda de 44% na receita no país em relação ao ano anterior durante os primeiros três meses do setor regulamentado de apostas do mercado, relacionada a gargalos de KYC com os negócios Betfair existentes da Flutter.
Mas Jackson espera que a aquisição do NSX Group, que será concluída em breve, coloque a Flutter “em uma posição competitiva aprimorada, em um mercado recém-regulamentado e de rápido crescimento”, disse ele durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre do grupo esta semana.
“Combinar uma forte equipe de gestão local, tecnologia proprietária localizada e uma marca local de destaque na Betnacional, juntamente com nossos negócios Betfair Brasil e as capacidades da Flutter Edge, nos posicionará para o sucesso neste mercado tão promissor”, disse Jackson.
Em setembro passado, a Flutter anunciou que havia concordado em adquirir uma participação inicial de 56% no NSX Group, proprietário da marca Betnacional, voltada para o Brasil. O acordo de US$ 356 milhões estava previsto para ser fechado no segundo trimestre de 2025.
A conclusão do acordo criará um novo negócio, a "Flutter Brasil", incorporando a marca Betfair, bem como as marcas Pagbet, MrJack.bet e Betpix, do Grupo NSX.
Enquanto isso, a unidade NSX relatou que a receita no Brasil aumentou 20% em relação ao ano anterior no primeiro trimestre, sugerindo que a unidade não foi atingida pelos mesmos gargalos de conformidade que outras.
“Claramente, a unidade NSX, que esperamos que seja concluída no final deste mês, está apresentando um desempenho muito bom e em linha com as nossas expectativas. Portanto, houve um aumento de mais de 20% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, apesar de alguns desses desafios de atrito regulatório. Por isso, estamos muito satisfeitos com o que estamos vendo até agora no Brasil”, acrescentou Jackson.
A Flutter afirmou anteriormente que a aquisição lhe daria uma participação de mercado de 11% no Brasil a longo prazo e posicionaria a empresa como uma das três maiores no emergente mercado de apostas legais, lançado em 1º de janeiro.
Dificuldades no KYC causam queda na receita da Flutter Brasil no primeiro trimestre
Assim como outras operadoras, a Flutter enfrentou dificuldades para se adaptar ao novo ambiente regulatório no Brasil, especialmente em relação ao KYC.
Novas regulamentações tornaram obrigatória a tecnologia de reconhecimento facial para verificação de identidade, com os apostadores precisando se cadastrar em uma conta bancária vinculada a uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central do Brasil.
“Temos visto alguns desafios com a Betfair no Brasil devido às mudanças no ambiente regulatório”, disse Jackson. “Isso se deve principalmente a alguns atritos no processo de cadastro dos clientes. Percebemos que isso impacta na ativação”.
Mas Jackson também disse estar “muito satisfeito” com o que a empresa está vendo até agora no Brasil. Em carta aos acionistas da Flutter, juntamente com os resultados do primeiro trimestre, ele afirmou: “As fusões e aquisições no Brasil continuam em andamento, à medida que aumentamos um portfólio impressionante de marcas locais de destaque.”
Fonte: GMB / iGB