Com a recente regulação do mercado de apostas no Brasil, o evento reuniu profissionais da indústria do futebol para discutir, entre outros temas, os desafios da integridade esportiva frente à crescente influência das plataformas de apostas. Rocco enfatizou que o papel do Ministério vai além de fiscalizar e punir.
“Nosso objetivo maior é informar, é educar, principalmente os atletas, que são os principais envolvidos nesse processo. Sem eles, não existiriam as bets no futebol. Queremos ampliar esse debate e abordar questões sensíveis, como a manipulação de resultados e o vício em jogos”, afirmou.
A ludopatia, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é um transtorno caracterizado pela compulsão por jogos e apostas, mesmo diante de prejuízos sociais, financeiros ou psicológicos.
O Governo Federal mantém um grupo de trabalho interministerial voltado à prevenção, saúde mental e redução dos impactos sociais causados por esse comportamento.
“Nossa grande preocupação é preservar a integridade das famílias, proteger as crianças e adolescentes e conscientizar as pessoas de que as apostas esportivas são uma forma de recreação, mas que é um lazer perigoso, pois envolve o risco de perder dinheiro. A saúde mental dos brasileiros é uma preocupação nossa, e o papel do Ministério do Esporte será colaborar na construção de medidas para o enfrentamento do problema”, conclui Rocco.
Além de Giovanni Rocco, participaram do painel o presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, Jorge Borçato; o auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, José Philomeno; e o consultor Frederico Justo, especialista em investigação e manipulação de resultados no esporte.
O FUTFORUM é um evento anual sediado em Fortaleza que reúne profissionais da cadeia produtiva do futebol. Com foco em networking e desenvolvimento do setor, o encontro discute temas como comunicação, marketing, direito esportivo, categorias de base, futebol feminino e arbitragem.
Em 2025, além das apostas esportivas, o evento abordou o protagonismo feminino, o papel das mídias independentes, a profissionalização da arbitragem e a saúde financeira dos clubes.
Fonte: Ministério do Esporte