LUN 15 DE DICIEMBRE DE 2025 - 08:28hs.
Jose Simon Kadala, diretor comercial

“Brasil é prioridade da Yggdrasil este ano para integração em larga escala e campanhas exclusivas”

Em entrevista exclusiva ao GMB, Jose Simon Kadala, diretor comercial da Yggdrasil, revela os planos ambiciosos da provedora para integrar-se em larga escala ao mercado regulado, com campanhas localizadas, parcerias estratégicas e conteúdos adaptados ao perfil do jogador brasileiro. Já com os principais operadores do país, promete reforçar sua presença com inovação, gamificação e foco total na experiência do usuário. “Em 2025, o Brasil é prioridade máxima para a Yggdrasil”.

Games Magazine Brazil – A Yggdrasil é reconhecida por sua abordagem inovadora no desenvolvimento de jogos. Quais são os lançamentos mais destacados deste ano?
Jose Simon Kadala – Os lançamentos que mais nos empolgam este ano são os da nossa saga Vyking. Desenvolvemos essa série com diferentes mecânicas, em que os vikings combatem em locais distintos e enfrentam diferentes inimigos.

Como a Yggdrasil combinar inovação com a familiaridade que muitos jogadores procuram nas mecânicas de jogo?
Estamos sempre buscando o que podemos fazer de diferente em um jogo ou mecânica: desde a matemática, a taxa de pagamento até as animações e a velocidade dos giros dos rolos. Tudo isso melhora a experiência do jogador, mas mantendo os jogos e mecânicas com os quais ele já está familiarizado.

O que diferencia a oferta de jogos da Yggdrasil em um mercado tão competitivo?
Acredito que, de forma geral, a Yggdrasil sempre foi reconhecida por ter alguns dos melhores gráficos e animações da indústria, o que fica ainda mais evidente nos nossos últimos lançamentos, como 4FoxxCrew e MexoMax 2.

A Yggdrasil fortaleceu sua rede de parceiros com o programa YG Masters. Qual tem sido o impacto dessas parcerias na estratégia de expansão?
Na Yggdrasil, entendemos que é impossível criar jogos que agradem todos os públicos. Por isso, o programa YG Masters foi criado justamente para preencher essa lacuna no mercado, permitindo que nossos parceiros desenvolvam jogos com diferentes estilos e que ressoem em públicos e mercados específicos.

Quais regiões ou operadores você considera prioritários atualmente para o crescimento comercial da empresa?
Nossa principal prioridade este ano é desenvolver completamente o mercado brasileiro e estar disponível no maior número possível de operadores. Também estamos muito focados no mercado norte-americano com um próximo lançamento previsto. Outro mercado em que vimos um crescimento expressivo foi o espanhol.

Com o avanço da regulamentação no Brasil, quais são os planos da Yggdrasil para ingressar ou ampliar sua presença no país?
O Brasil é uma de nossas maiores prioridades em 2025. Já estamos ao vivo com 3 dos 5 principais operadores do mercado e em processo de integração com outras 28 marcas importantes.

Como a Yggdrasil avalia o potencial da América Latina como região estratégica para o iGaming?
Vejo a América Latina com um potencial imenso, especialmente para operadores que compreendem o mercado local, trabalham no idioma do público e entendem as dificuldades com pagamentos e câmbio. O mais importante é compreender o poder real de compra do jogador e como as variações cambiais impactam fortemente a região.

A Yggdrasil pretende desenvolver conteúdo ou campanhas específicas para atrair o público brasileiro?
Com certeza. Este ano, inclusive, lançaremos nossa primeira campanha no mercado brasileiro, utilizando nossas ferramentas de gamificação adaptadas e traduzidas para o país. A campanha distribuirá cerca de R$ 100 mil até o final do ano.

Quais desafios regulatórios você considera mais relevantes ao operar na América Latina, especialmente em mercados em transição como o Brasil?
O principal desafio como fornecedor é a falta de visão de longo prazo e as constantes mudanças regulatórias, que impactam prazos e prioridades de desenvolvimento. Outro ponto difícil em mercados como Brasil, México e Argentina é a alta carga tributária, que em alguns casos pode chegar a até 50% para os fornecedores.

Como a Yggdrasil está se preparando para atender aos requisitos técnicos e legais da futura regulamentação brasileira?
Posso confirmar que atualmente cumprimos todas as exigências regulatórias no mercado brasileiro. Inclusive, estamos avaliando   a criação de uma empresa no Brasil para estarmos ainda mais próximos dos nossos clientes.

Qual a importância que a Yggdrasil dá à localização dos jogos para adaptá-los a culturas específicas como a brasileira?
Muito grande. Mais do que personalizar arte e animação ou copiar mecânicas que funcionam no mercado, buscamos adaptar a experiência do jogador. Isso inclui converter corretamente valores de euro para real, ajustar a matemática do jogo ao perfil do jogador local e garantir traduções corretas e sem erros. Esses detalhes, para mim, fazem toda a diferença.

Podemos esperar ver temáticas brasileiras em futuros lançamentos, como carnaval, futebol ou outras referências culturais locais?
Sim, claro. Mas mais do que usar temas genéricos, queremos trabalhar com marcas reconhecidas pelo público, como o Jogo do Bicho, por exemplo.

A Yggdrasil participa de eventos importantes como ICE, SBC e SiGMA. Está prevista sua presença no BiS SiGMA Americas ou em outros eventos na América do Sul?
Este ano participamos dos dois eventos no Brasil e também do BiS SiGMA Americas. Nosso time comercial conta com pessoas do Brasil e do México.

Além de falarmos o idioma, entendemos os desafios enfrentados por nossos clientes e o funcionamento do mercado. Isso nos dá uma posição única. Em 2025, estaremos novamente nesses eventos e também na G2E, em Las Vegas.

Qual o papel desses encontros na construção de parcerias estratégicas e no posicionamento da marca em novos mercados?
Como mexicano, posso dizer que nada substitui o tempo presencial com os operadores. Esse tipo de contato não tem preço, e nas conferências conseguimos resolver em minutos o que, por e-mail, poderia levar semanas. Esses eventos regionais são uma oportunidade única.

Fonte: Exclusivo GMB