Caso se confirme, a federação inglesa arcará com custos dos honorários advocatícios de Paquetá, que podem chegar a cerca de 90 milhões de reais. A decisão oficial da Football Association (FA) era esperada na semana passada, mas não aconteceu.
Paquetá, de 27 anos, é acusado desde maio do ano passado de forçar cartões para benefício de apostadores em partidas contra Leicester City, Aston Villa, Leeds e Bournemouth, nas temporadas 2022/23 e 2023/24. O jogador sempre negou as acusações.
A audiência foi iniciada em março e concluída em junho. O West Ham queria mais celeridade na conclusão do processo para saber se teria de ir ao mercado ou não para fazer reposição em caso de punição severa ao atleta.
Ele permanece atuando durante a investigação liderada pela Football Association (FA), a federação do futebol inglês. Mas sofreu consequências, como o encerramento de uma negociação que o levaria ao Manchester City.
Entenda o caso
Em comunicado oficial divulgado pela FA em maio do ano passado, Paquetá foi acusado de ter violado as regras de conduta relacionada a apostas esportivas nos jogos contra Leicester City, em 12 de novembro de 2022; Aston Villa, em 12 de março de 2023; Leeds United, em 21 de maio de 2023, todos na temporada passada; e Bournemouth, em 12 de agosto de 2023, no primeiro jogo da temporada 2023/24.
Ele levou cartão amarelo nos quatro confrontos em questão. Quando foi denunciado, Paquetá negou envolvimento com apostas: “Estou extremamente surpreso e chateado com a decisão da FA de me acusar. Durante nove meses, cooperei com cada etapa da investigação e forneci todas as informações possíveis. Nego completamente as acusações e lutarei com todas as forças para limpar meu nome. Devido ao processo em andamento, não farei mais comentários.”
O brasileiiro foi acusado de quatro violações da Regra E5.1 da federação inglesa, em relação à sua conduta em quatro jogos do Campeonato Inglês. Essa regra diz que um jogador "não deverá, direta ou indiretamente, tentar influenciar, para fins impróprios, o resultado, o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência em ou em conexão com um jogo ou competição."
De acordo com documentação da FA, ofensas por apostas são separadas e distintas de acusações de manipulação dos jogos. Porém, quando pode ser provado que uma aposta afetou o resultado ou decorrer de um jogo, a acusação é específica, e não incidente de ofensa por aposta. Um jogador condenado por interferir no resultado ou decorrer de uma partida pode ser banido pela vida toda.
De acordo com a FA, a alegação é que Paquetá "procurou influenciar diretamente o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência nessas partidas, buscando intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito indevido de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrem com apostas".
A federação não detalha em seu livro de regulações disciplinares quais as faixas de sanções para quem violar a regra E5.1. Porém, em casos de uso de informação privilegiada para o propósito de apostas, um jogador pode pegar desde suspensão de seis meses até banimento pela vida toda, além de multa.
A FA citou em maio que o brasileiro também foi acusado de duas violações da regra F3, o que pode configurar como má conduta para responder questões e providenciar documentos.
Fonte: GMB
