A temporada 2024 do Campeonato Brasileiro da Série A evidenciou a força do setor de apostas esportivas no mercado de patrocínios de uniformes. De acordo com o estudo anual do IBOPE Repucom, “Mapa do Patrocínio”, as casas de apostas conquistaram a posição mais nobre do uniforme - a propriedade máster - encerrando o ano com 14 contratos distribuídos entre 11 marcas distintas.
Entre janeiro e dezembro de 2024, os 20 clubes da Série A exibiram 132 patrocinadores diferentes em seus uniformes, um crescimento de 13% sobre os 117 registrados em 2023. Esse avanço se apoiou sobretudo no aumento de contratos pontuais, que passaram de sete para 25 no período — uma alta de 257%.
O levantamento dividiu os patrocinadores por segmento e posição de aplicação da marca no uniforme. Entre os cinco setores mais representativos, destacam-se:
* Financeiro: 20 marcas únicas, líder pelo segundo ano seguido;
* Apostas: 15 marcas presentes em 18 clubes, evolução de 25% em relação a 2023;
* Serviços de Saúde: 13 marcas, mantendo-se entre os três primeiros;
* Alimentação: 11 marcas, crescimento de 57% sobre o ano anterior;
* Imobiliário, Construção e Acabamento: 7 marcas, queda de 36% frente a 2023.
* Contratos Pontuais: Saltaram de 7 para 25 no ano, trazendo maior rotatividade de marcas;
* Propriedades Mais Usadas: Barra Traseira (29 exposições) e Frente Superior (28 exposições) lideraram o uso no uniforme;
* Fornecedores de Material Esportivo: A Adidas desbancou a Umbro, atuando em quatro clubes diferentes;
* Maior Abrangência de Marca: Unimed patrocinou seis equipes diferentes, seguida por Esportes da Sorte e Zé Delivery, com quatro cada.
Pelo terceiro ano consecutivo, o setor de apostas dominou o patrocínio máster, reforçando seu apelo comercial junto ao torcedor. As 11 marcas que ocuparam essa posição estratégica fecharam 14 acordos ao longo de 2024, consolidando uma fatia significativa na visibilidade de campo e na exposição midiática.
Gabriella Giamundo, gerente de desenvolvimento de negócios do IBOPE Repucom, ressalta que: “Os patrocínios em esportes profissionais têm forte impacto no comportamento de compra: 76% dos brasileiros conectados consideram-nos essenciais para o esporte e 63% afirmam que comprariam produtos de marcas patrocinadoras”.
Com o patrocínio esportivo cada vez mais competitivo, setores como fintechs e casas de apostas permanecem na vanguarda, impulsionados por novas tecnologias de engajamento e análise de dados. A tendência é que, em 2025, o mapeamento revele ainda mais diversidade de patrocinadores, assim como o fortalecimento de parcerias pontuais em eventos e partidas decisivas.
