O operador que não trata o Jogo Responsável como estratégia de marketing está deixando dinheiro na mesa. Ainda persiste uma percepção equivocada e perigosa de que proteger o jogador representa um custo, e não uma oportunidade de crescimento. A verdade é justamente oposta.
Num setor em que tudo pode ser replicado, design, funcionalidades, bônus, odds, é fácil cair na armadilha da diferenciação superficial. Mas o que realmente constrói valor não está na vitrine. Está nos bastidores. Confiança é o novo bônus. Talvez o único que realmente fideliza. E esse bônus não se ganha com push de promoção. Ele se constrói com consistência, ética, transparência e principalmente com tecnologia capaz de ajudar o apostador antes mesmo que ele precise pedir ajuda.
Quando um operador implementa mecanismos de monitoramento que identificam comportamentos de risco em tempo real, não está apenas evitando um problema futuro. Está mostrando na prática que está do lado do usuário. Que sua experiência importa. Que há cuidado. O operador que enxerga isso percebe que tem nas mãos uma poderosa ferramenta de retenção. Um escudo contra o churn invisível.
O resultado é mais permanência, mais engajamento, mais valor. Um jogador que sente que está sendo acompanhado com inteligência, e não apenas empurrado por um algoritmo de conversão, é um jogador que volta mais vezes. Que recomenda. Que confia. E confiança, numa indústria onde todos gritam mas poucos escutam, vai valer ouro. Cada vez mais.
Claro, isso exige investimento. Exige priorização. Mas o que muitos ainda enxergam como custo pode e deve ser reposicionado como investimento, como ativo de marca, como vantagem competitiva, como motor de crescimento. Em vez de perguntar quanto isso vai me custar, talvez a pergunta mais inteligente seja quanto isso pode me fazer crescer.
Tecnologias de Jogo Responsável evoluíram. E muito. Deixaram de ser alertas genéricos para se tornarem motores preditivos com uso de inteligência artificial, big data e machine learning, capazes de analisar padrões de comportamento e intervir de forma proativa. O marketeiro inteligente entende que, além de proteger usuários em risco, essas ferramentas ajudam a conhecer melhor seus apostadores e a criar estratégias de crescimento.
Para o profissional de compliance, é um checkbox obrigatório. Está previsto na Portaria 1.231/24 da SPA. E a conta é simples: sai mais barato investir na prevenção do que tratar o problema depois.
A responsabilidade bem implementada, comunicada com honestidade e integrada à experiência do jogador, converte. Fideliza. Aumenta o lifetime value. Num setor onde a inovação é constante, apostar na construção de confiança pode ser o diferencial mais duradouro de todos.
Apostas não são corrida de cem metros. São maratona. E quem apostar no curto prazo vai perder no longo.
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Thiago Iusim
Founder | CEO @Betshield Responsible Gaming - www.thebetshield.com