A líder mundial em apostas esportivas online e operações de iGaming reportou lucro por ação ajustado de US$ 2,95, acima dos US$ 2,11 previstos por analistas. A receita global alcançou US$ 4,19 bilhões, um avanço de 16% sobre o ano anterior, superando as estimativas de US$ 4,08 bilhões.
O EBITDA ajustado cresceu 25% para US$ 919 milhões, com margem de 21,9%, um aumento de 150 pontos-base. Apesar do desempenho sólido, as ações da empresa caíram 0,6% após a divulgação.
Nos Estados Unidos, a Flutter continuou a mostrar força, com receita subindo 17% para US$ 1,79 bilhão e EBITDA ajustado avançando 54%, para US$ 400 milhões. A margem do segmento aumentou 530 pontos-base, atingindo 22,3%, refletindo ganhos de escala e eficiência operacional. O iGaming foi um dos destaques, crescendo 42% nos EUA e 27% nos mercados internacionais.

No Brasil, a receita no trimestre cresceu 144% (+175% em moeda constante), com a aquisição da NSX contribuindo com 185 pontos percentuais para esse avanço.
Em contrapartida, a Betfair Brasil apresentou queda no faturamento devido a resultados esportivos desfavoráveis e ao impacto da fricção no recadastramento de clientes após a regulamentação.
A margem de EBITDA ajustado foi de 24,7%, uma redução de 40 pontos-base, atribuída à fase de investimento no país.
O CEO da Flutter, Peter Jackson, destacou que o desempenho do segundo trimestre foi resultado de crescimento orgânico aliado a aquisições estratégicas: “Estou satisfeito com o excelente desempenho subjacente que entregamos no segundo trimestre, juntamente com o bom progresso feito em várias iniciativas estratégicas importantes”, afirmou.
“A receita cresceu 16% em relação ao ano anterior, à medida que continuamos a construir posições de escala nos mercados mais atrativos por meio de forte crescimento orgânico e fusões e aquisições que criam valor”.
O executivo também ressaltou a importância das recentes aquisições: “Nos nossos mercados internacionais, a conclusão das transações da Snai e da NSX no trimestre criou uma posição de liderança na Itália para a Flutter e estabeleceu uma posição de escala no recém-regulamentado mercado brasileiro. Ambas as aquisições são movidas por uma clara lógica estratégica de expandir nossa presença em mercados atrativos e regulamentados, aproveitando o Flutter Edge para impulsionar melhorias operacionais e de produto”.
Sobre o Brasil, Jackson indicou que a integração das operações locais é prioridade. “Após a combinação da NSX e da Betfair Brasil, criando a Flutter Brasil, nosso foco imediato tem sido dotar nossa mais nova região com os melhores talentos de toda a Flutter”.
“O mercado brasileiro continua altamente competitivo e mantemos a forte convicção de que operadores de grande escala, com os melhores produtos, conquistarão a maior fatia do mercado. Nesse sentido, nossa estratégia é elevar nossa proposta no Brasil, aproveitando o Flutter Edge para oferecer uma economia unitária na qual possamos investir e escalar de forma significativa”, agregou.
O CEO ainda apontou ações imediatas e metas de curto prazo: “Estamos buscando ganhos rápidos em produto e marketing, onde já foram feitas melhorias imediatas no conteúdo de iGaming, nas capacidades de generosidade e na eficácia do marketing digital, enquanto nosso roteiro de produto esportivo garantirá melhorias significativas na proposta ao cliente nos próximos doze meses”.
A Flutter revisou para cima suas projeções para 2025, esperando agora receita de US$ 17,26 bilhões e EBITDA ajustado de US$ 3,295 bilhões, o que representa crescimento anual de 23% e 40%, respectivamente.
Fonte: GMB