MIÉ 23 DE ABRIL DE 2025 - 04:38hs.
Em defesa das bets

Associação de Emissoras de Rádio e Televisão diz que regras vigentes para publicidade são rigorosas

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) defendeu no Supremo Tribunal Federal (STF) a Lei das Bets. O diretor da entidade, Gustavo Binenbojm foi categórico sobre a Lei nº 14.790/2023: “ela é pragmática, que representa a decisão política dos representantes eleitos pelo povo brasileiro de não fechar os olhos para a realidade”.

Gustavo Binenbojm afirmou que a atual regulação é “legítima e alinhada às melhores práticas internacionais. Ao nosso ver, essa lei não contém erros evidentes. O legislador estabeleceu diretrizes e restrições bastante rigorosas às propagandas de casas de apostas de cotas fixas, complementadas por portarias do Ministério da Fazenda e pela auto-regulação promovida por anunciantes, veículos de comunicação e agências de publicidade reunidas no Conar”, sentenciou Binenbojm. 

Ou seja, a ideia do jogo responsável que permeia toda a lei atingiu um modelo regulado pelo Estado, absolutamente legítimo e alinhado às melhores práticas internacionais”, afirmou.

Binenbojm ainda disse que a lei é uma decisão política dos “representantes eleitos pelo povo brasileiro de não fechar os olhos para a realidade. Fechá-las seria empurrar os apostadores desse tipo de loteria para o jogo ilegal, sem regulação, sem proteção do consumidor, sem arrecadação de tributos”, afirmou durante a audiência no STF.

Em sua opinião, as apostas online já estão na realidade brasileira e é preciso dar um tempo para a regulamentação surtir os efeitos.

Posição do Conar

A vice-presidente do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), Juliana Nakata Albuquerque, destacou que a autorregulação vem avançando no Brasil baseado em experiências internacionais, de países como a Índia e a França. 

Juliana destacou que o conselho está fazendo autorregulação em relação à restrição etária e as publicidades feitas por influencers sobre as bets. Comunicou ainda que o Conar faz rodadas de monitoramento para evitar a publicidade abusiva e que essas informações serão públicas até o fim do ano.

Fonte: GMB