SÁB 5 DE OCTUBRE DE 2024 - 10:35hs.
Valter Delfraro Jr., executivo de relações governamentais e desenvolvimento de negócios

“O Brasil está alinhado aos padrões GLI e fomos o primeiro laboratório certificado no país”

A alta capacidade técnica e experiência de mais de 35 anos em certificação de sistemas e jogos fez da GLI o primeiro laboratório autorizado pela Secretaria de Prêmios e Apostas a atender ao mercado brasileiro. Em conversa exclusiva com o GMB, Valter Delfraro Jr., executivo de relações governamentais e desenvolvimento de negócios, afirmou que o processo de regulação foi excepcional e que o Serviço de Processamento de Dados do governo integrará da melhor maneira possível todos os sistemas.

 

Games Magazine Brasil - Falar sobre integridade esportiva diante da GLI é chover no molhado, já que vocês cavalgam nesse mercado há muito tempo?
Valter Delfraro Jr. -
É chover no molhado, mas é necessário e faz parte do processo da GLI, como também a questão de jogo responsável e certificação. Além disso, batemos firme e trazemos para o foco a importância de manter a integridade do esporte. É com todos esses pilares que vamos construir uma indústria mais justa, mais séria e honesta para todos os stakeholders da indústria.

Além de toda expertise nesse tema, a GLI homologada pelo Ministério da Fazenda para certificar o iGaming no Brasil. Isso também demonstra a vocação e toda a competência técnica da empresa?
Nós somos o primeiro laboratório a ser autorizado pela Secretaria de Prêmios e Apostas a certificar no Brasil, assim como no estado do Paraná. E o compromisso da GLI é onde quer que se tenha o credenciamento de laboratórios, estaremos lá. A gente entende que essa credibilidade de ter um laboratório credenciado é essencial para poder trazer para a jurisdição, para o regulador, a certeza da entidade que está dizendo que o que eles vão utilizar é primordial.

Vocês são professores nessa área, já que grande parte dos standards da indústria levam o nome GLI?
A GLI tem 35 anos de experiência na indústria e é o laboratório aceito em todas as jurisdições do mundo onde o jogo é regulamentado. Hoje, aproximadamente 560 jurisdições. Com base nessa experiência a gente desenvolveu os standards que são utilizados não só como os requerimentos técnicos, mas como base. Por exemplo, no Brasil, a Secretaria de Prêmios e Apostas para as Portarias 722 e 1207 utilizou GLI-19 e GLI-33 praticamente na sua integridade. Se você tem um desses certificados, uma dessas certificações, você está em torno de 80% a 85% compliance com aquilo que a Secretaria pediu que os operadores tenham e estejam compliance.

Então precisamos fazer uma correção, passando a 561 jurisdições, ao incluir o Brasil?
Exatamente. Estamos firmes e fortes. A forma como o Brasil vem conduzindo o processo é excepcional. Em recente evento, na Cibelae, um dos reguladores elogiou a forma como o Brasil vem desenvolvendo isso e a rapidez com que o país implementou o processo de regulamentação.

Como será a partir de 1º de janeiro de 2025, com o mercado regulado?
Tenho certeza de que será um sucesso. Obviamente estamos aprendendo e temos de entender que virão ajustes, que fazem parte do processo de melhoria constante. Não podemos nos acomodar, mas com certeza vai começar muito bem e não tenho dúvidas de que todos os envolvidos estarão atentos para poder ver o que será necessário ajustar para melhorar ainda mais o processo. Será um grande início para o Brasil.

A integração com a plataforma do Serviço de Processamento de Dados (Serpro) está indo bem? É um sistema adequado para o tamanho que se espera para o mercado brasileiro?
Estamos começando agora os processos de certificação. Mas posso dizer que foi a forma como o regulador entendeu como a melhor maneira para acompanhar o mercado. Muitas outras jurisdições utilizam e eu tenho certeza de que o Serpro, pela capacidade e por aquilo que ele já conhece e entende, está fazendo da melhor forma possível. Eles estão se preparando adequadamente para poder atender ao volume que o mercado irá demandar.

Fonte: Exclusivo GMB