VIE 5 DE DICIEMBRE DE 2025 - 10:01hs.
Fernando Hoppe, head de marketing da Legitimuz

iGaming no Brasil: seis passos para um onboarding 100% compliance com baixa fricção

A Lei nº 14.790 exige seis verificações no onboarding do iGaming no Brasil, tornando a automação essencial para evitar erros e custos altos. Neste artigo, Fernando Hoppe, head de marketing da Legitimuz, aponta que as soluções da empresa garantem conformidade, agilidade e alta conversão, enquanto processos manuais elevam riscos e abandono. “Automação é o novo padrão competitivo do setor”, garante o executivo.

O mercado regulado de apostas no Brasil trouxe um paradoxo para os operadores: nunca foi tão promissor crescer no setor, mas também nunca foi tão arriscado errar na entrada do usuário.

A Lei nº 14.790/2023 deixa clara as exigências de verificação que, se mal implementadas, destroem a conversão. Por outro lado, negligenciá-las significa multas pesadas e risco de perder a licença.

As seis verificações obrigatórias pela Lei (e a complexidade por trás de cada uma)

A regulamentação determina seis verificações específicas no cadastro. Cada uma delas carrega complexidades que processos manuais simplesmente não conseguem resolver em escala.

1. CPF

Não basta o CPF existir. Precisa estar regular na Receita Federal, sem registro de óbito, e os dados precisam bater perfeitamente com a base oficial. Nome com um acento errado? Data de nascimento com um dígito trocado? O sistema precisa pegar essas inconsistências antes que virem problema maior.

2. PEPs

Identificar Pessoa Politicamente Exposta já é trabalhoso, mas ainda é preciso rastrear até o segundo grau de parentesco. Pai, mãe, avós, filhos. Se alguém nessa árvore familiar ocupa cargo público relevante, precisa estar no radar. E essas bases mudam o tempo todo, com eleições, nomeações e exonerações acontecendo em três esferas de governo.

3. PLD-FT

Aqui você entra no universo de listas restritivas internacionais. FAC (Office of Foreign Assets Control dos EUA), CSNU (Conselho de Segurança das Nações Unidas), Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), mídias negativas. É o tipo de verificação que, se falhar, pode custar uma multa milionária. E não adianta consultar uma lista só, precisa cruzar múltiplas bases simultaneamente.

4. Vínculos com operações

Funcionário de casa de apostas não pode jogar. Simples assim. O problema é descobrir quem trabalha onde. Para isso, é preciso acesso a dados da Receita, juntas comerciais e registros trabalhistas. E tem que incluir parentes próximos também.

5. Vínculos com a SPA

Ninguém que trabalhe para o regulador pode apostar. A lógica é que o acesso a informações privilegiadas invalida qualquer aposta. Mas identificar essas pessoas exige integração direta com bases governamentais específicas.

6. Vínculos esportivos

Oito modalidades esportivas (futebol, basquete, handebol, voleibol, tênis, MMA, xadrez e tênis de mesa), modalidades masculinas e femininas, atletas, árbitros, técnicos, dirigentes. E não somente o apostador, mas parentes de segundo grau também.

Estamos falando de cruzar dados com CBF, confederações, federações estaduais e até entidades internacionais. É o tipo de checagem que, manualmente, pode levar dias. Automatizada, leva segundos.

O framework que resolve o problema

A questão não é se fazer as verificações, mas como fazer sem que o usuário desista no meio do caminho. Diante disso, a resposta está em três camadas técnicas trabalhando simultaneamente:

1- Entrada simplificada

O usuário vê apenas o essencial: nome, CPF, data de nascimento, foto do documento, selfie. Nada mais. Quanto mais limpo o formulário, menor a fricção.

2- Processamento simultâneo

 No momento em que ele envia os dados, seis verificações disparam ao mesmo tempo. OCR extraindo informações do documento, biometria validando a selfie, APIs consultando Receita Federal, bases PLD-FT, registros societários, dados da SPA, vínculos esportivos. Tudo acontece em paralelo, não em sequência.

3- Decisão inteligente

Um motor de regras analisa os resultados e toma a decisão: aprovado, rejeitado ou análise manual. O usuário aprovado já pode depositar. O caso duvidoso vai para revisão humana, mas sem travar a operação.

O usuário não vê nada disso. Para ele, foi rápido e funcionou. E é exatamente isso que mantém a conversão alta.

O que muda quando você automatiza

Os processos manuais matam a operação de três formas: custo, tempo e erro.

Um cadastro analisado manualmente leva entre 3 e 5 minutos. Via API, menos de 30 segundos, e é aí que está a diferença entre converter ou perder o usuário.

O custo operacional cai drasticamente. Cada verificação manual custa caro. Com automação, o custo por API é irrisório. Em volume, a economia chega facilmente a centenas de milhares por mês.

E tem o erro humano. Processos manuais operam com taxa de erro entre 3% e 5%. A automação reduz isso para menos de 0,1%. Cada erro evitado é uma multa que não acontece, um problema de compliance que não escala.

Mas o impacto mais direto está na conversão. Onboarding lento eleva abandono. Verificação instantânea aumenta FTDs (First Time Deposits). Mais depósitos, mais jogadores ativos, mais receita. Simples assim.

 



Implementação sem fricção: o fluxo ideal

Se sua operação ainda depende de processos manuais, o caminho passa por três etapas:

1- Diagnóstico honesto

Mapeie onde estão os gargalos. Quanto tempo cada verificação leva hoje? Onde os usuários abandonam? Qual o custo real por cadastro aprovado? Sem esses números, você está navegando no escuro.

2- Solução integrada

 Esqueça ter cinco fornecedores diferentes que você precisa costurar manualmente. A solução ideal já vem com todas as APIs integradas, orquestração inteligente e processamento paralelo. O que você quer é ligar e funcionar, não montar um quebra-cabeça técnico.

3- Experiência transparente

 Se o usuário percebe a complexidade técnica, você falhou. A solução precisa ser invisível. O que ele deve sentir é rapidez e fluidez, não burocracia digitalizada.

Compliance que acelera, não trava

A regulamentação não precisa ser tratada como obstáculo. Na verdade, ela separa quem está preparado para escalar de quem ainda opera com improvisação.

Enquanto os operadores dependentes de processos manuais travam usuários por 5 minutos, perdem conversões por fricção, gastam rios de dinheiro por cadastro e operam com 3% a 5% de erro, quem automatizou aprova em menos de 30 segundos, transforma onboarding em vantagem competitiva, reduz os custos por verificação e mantém precisão acima de 99,9%.

O mercado brasileiro de iGaming está apenas começando. Os operadores que resolverem o onboarding agora serão os que vão dominar a próxima década.

A automação deixou de ser opcional. Virou o padrão de quem quer crescer com segurança.

Fernando Hoppe
Head de marketing da Legitimuz, plataforma integrada de gestão e compliance que atende integralmente às exigências da Lei nº 14.790/2023.

A solução combina KYC avançado com OCR e biometria facial, monitoramento de transações em tempo real para prevenção à lavagem de dinheiro (PLD) e financiamento ao terrorismo (FTP), geolocalização com detecção de VPN e proxy.

Com APIs integradas e processamento paralelo, a plataforma automatiza as seis verificações obrigatórias, o que permite que os operadores escalem suas operações com conformidade total, reduzindo custos operacionais e eliminando fricção no onboarding.