“Prêmios em percentual superior a 90% de sua arrecadação são a realidade da indústria regulamentada de jogos no Brasil, que soma a isso sua expressiva contribuição ao patrocínio de entidades esportivas, vultosos recolhimentos de impostos e alto investimento em publicidade. Estou convicto que estudos que refletem a realidade do setor são imprescindíveis para que a sociedade tenha a percepção correta desta indústria que já tem contribuído de forma relevante ao desenvolvimento do país”, analisa Marcos Sabiá, CEO da Galerabet.
“Os resultados apontados pela pesquisa revelam que estamos construindo um setor robusto, transparente e cada vez mais integrado à economia brasileira. Na BETesporte, temos observado essa evolução de perto, e a alta taxa de retorno em prêmios reforça a legitimidade das apostas esportivas como uma forma de entretenimento que é regulada, segura e orientada por boas práticas”, complementa Vinicius Nogueira, CEO da BETesporte.
Para descobrir a representatividade das bets no Pix, o estudo cruzou os dados de apostas online divulgados pelo Ministério da Fazenda e de volume transacionado no Pix. Levando em conta as transações via Pix realizadas entre pessoas e empresas ao longo do primeiro semestre de 2025, a pesquisa identificou que 15,3% do volume transacionado de pessoas para empresas teve como destino as casas de apostas online, enquanto os prêmios pagos pelas bets representaram 13,5% do montante transacionado de empresas para pessoas.
É possível dizer que a análise das transações via Pix representam fielmente o panorama do mercado de apostas, segundo outro estudo anterior da consultoria, que constatou que todo o montante transacionado efetivamente nas apostas online se dá por meio do Pix. Quem endossa a perspectiva é João Fraga, CEO da techfin Paag, facilitadora de pagamentos fornecedora de soluções tecnológicas para o mercado regulado de apostas.
“O Pix, desde o início, foi o meio de pagamento disparadamente mais utilizado nas plataformas de apostas esportivas. Mesmo quando ainda não havia a proibição de outros métodos como a utilização do cartão de crédito, o montante transacionado via Pix já era superior aos 95%. Isso porque o Pix confere segurança e rastreabilidade à transação, além de se destacar por ser instantâneo e fácil”.
Apesar da constatação de que a maior parte dos depósitos volta aos apostadores em forma de prêmios, tal fator não indica altas chances de ganho com as apostas. O influenciador digital Daniel Fortune, especialista em Jogo Responsável que busca educar e conscientizar o jogador a partir dos conteúdos publicados em suas redes sociais, explica o panorama e ressalta a importância das bets serem tratadas como entretenimento e não como forma de enriquecer.
“O dado de que 93% dos depósitos retornam em forma de prêmios é, na prática, a comprovação do chamado RTP (Return to Player), que é a porcentagem do valor apostado que volta para o jogador em forma de prêmios. Mas é fundamental entender que isso não significa, por exemplo, que a probabilidade de um jogador vencer uma aposta é de 93%. Muito pelo contrário: a chance de ganhos é baixa e a maioria dos apostadores perde mais do que ganha, no longo prazo. Por isso, é importante reforçar que a aposta não é investimento, e sim entretenimento, e que deve ser realizada sempre com limites e responsabilidade”, pontua.
Fonte: GMB