VIE 5 DE DICIEMBRE DE 2025 - 03:34hs.
Análise da Beanalytic

Estudo revela que brasileiros apostam mais, só que arriscam menos

O iGaming no Brasil vive um momento de consolidação e transformação. De acordo com nova análise da Beanalytic, empresa especializada em inteligência de dados para o setor, o brasileiro vem demonstrando um comportamento mais maduro, consciente e integrado à experiência esportiva. O destaque é o crescimento de 24% nas microtransações, aumento de 16% no tempo médio de uso das plataformas e fortalecimento da confiança nas marcas, com taxa de retenção 9% maior em relação a 2024.

Segundo Daniel Luz, CEO da Beanalytic, três movimentos principais explicam essa nova fase: “Estamos vendo um aumento significativo da recorrência e do engajamento por sessão, com apostas menores e mais segmentadas. Isso mostra que o apostador brasileiro está mais ativo, mas também mais consciente e busca participar da emoção do jogo em tempo real, sem perder o controle financeiro”, sugere.

Tripé do novo ciclo do mercado

Os dados analisados pela Beanalytic indicam que o ciclo de vida do usuário amadureceu: o público permanece mais tempo ativo nas plataformas, experimentando diferentes modalidades (como cassino, esportes, fantasy e eSports). A presença de grandes marcas no país aumentou as taxas de retenção após o primeiro depósito em 6%, e reduziu o tempo médio entre registro e primeira aposta em 11%, sinal de maior confiança e familiaridade com o produto.

A regulação e a exposição na mídia tradicional também tiveram papel relevante nesse processo. “A regulação funciona como um sinal de legitimidade inicial, mas é a experiência do usuário com fluidez, estabilidade e suporte que sustenta a confiança a longo prazo”, observa Luz.

Um dos achados mais significativos é o papel da aposta como extensão da experiência esportiva e não como um substituto. Durante as partidas ao vivo, há aumento expressivo no número de apostas, mas o ticket médio se mantém estável. Isso demonstra que o usuário busca participar do jogo, não apenas lucrar com ele.

A bet hoje é uma segunda ou terceira tela: o público acompanha o jogo, comenta nas redes sociais e aposta simultaneamente. É uma experiência de envolvimento e entretenimento contínuo”, explica Luz.

Fora dos grandes eventos, o tempo de navegação se mantém elevado, impulsionado por estatísticas, simulações e conteúdos de performance, reforçando o caráter de entretenimento e engajamento constante.

Os modelos analíticos permitem detectar mudanças sutis no comportamento do usuário, como aumento do tempo de sessão ou variação no padrão de depósitos  e saques e agir preventivamente”, afirma Luz.

Esses insights ajudam as plataformas a ajustar limites, oferecer alertas e reforçar práticas de Jogo Responsável, o que aumenta a fidelização e reduz cancelamentos por frustração.

De acordo com o executivo, “o uso ético dos dados não é apenas uma exigência regulatória, é uma vantagem competitiva. Ele gera segurança, fideliza o usuário e sustenta o crescimento de todo o setor”.

Inspirado em mercados como Reino Unido e Estados Unidos, o Brasil começa a adotar práticas de integração entre dados de transação, comportamento e compliance. “Os países maduros mostram que o uso estratégico de dados é o ponto de equilíbrio entre inovação e regulação. Transparência e automação não inibem o crescimento, elas o viabilizam”, reforça Luz.

Beanalytic

A Beanalytic é uma consultoria especializada em soluções de Business Intelligence, Engenharia de Dados e Inteligência Artificial, com foco em transformar dados em vantagem competitiva para empresas de diferentes setores.

Com atuação nacional e sedes em São Paulo, Natal e Fortaleza, a empresa desenvolve projetos personalizados de Data Warehouse, Web Analytics, Machine Learning e Business Intelligence, promovendo eficiência operacional e suporte à tomada de decisão baseada em dados.

A Beanalytic mantém uma taxa de sucesso de 96% em seus projetos – superando o índice global do mercado – e já entregou centenas de soluções de dados integradas, impactando negócios nas áreas de saúde, varejo, energia, logística, financeiro, construção civil, entre outros.

Fonte: GMB