Segundo o “Relatório 2026 de Tendências de iGaming da SOFTSWISS”, após anos marcados por expansão acelerada e entrada agressiva de operadores em novos mercados, o setor dá espaço a um ciclo em que disciplina regulatória, eficiência operacional e sustentabilidade de longo prazo se tornam os principais diferenciais competitivos.
Regulação avança em múltiplas regiões
O relatório identifica o período de 2025 para 2026 como o de maior transformação regulatória já registrado no iGaming. Países como Brasil, Chile, Finlândia, França, Nova Zelândia, Áustria e Irlanda estão implementando novos modelos de licenciamento, endurecendo regras de publicidade ou desmontando monopólios existentes.
A movimentação regulatória está redefinindo estratégias globais. O Brasil, por exemplo, consolidou-se como um dos mercados mais observados internacionalmente desde a regulamentação implementada em 2025. Já na Europa, novas restrições de publicidade e exigências de compliance vêm remodelando o ambiente operacional.
“A era das operações pouco reguladas está chegando ao fim. Hoje, operadores competem em credibilidade, compliance e governança, orientados por dados e forte estrutura tecnológica para processamento em larga escala”, destaca Ivan Montik, fundador da SOFTSWISS.
Aumento de carga tributária pressiona margens
Diversos governos vêm elevando impostos sobre o faturamento líquido das apostas, licenças e até gastos promocionais. A França, por exemplo, adicionou uma tributação específica sobre campanhas de marketing.
Embora essas medidas reforcem a arrecadação pública, o relatório alerta que uma tributação excessiva pode comprometer a “canalização”, algo que pode contribuir para a procura por plataformas não reguladas.
Jogo Responsável ganha protagonismo
Com o avanço regulatório, sistemas de Jogo Responsável passam a ser tratados como eixo central no licenciamento. Novas exigências incluem limites obrigatórios, sistemas de autoexclusão integrados, monitoramento contínuo e até verificação biométrica.
O estudo também indica que determinadas campanhas mal formuladas de “jogue com responsabilidade” podem estimular o comportamento de risco. A constatação pressiona reguladores a revisar diretrizes de comunicação.
A proteção ao jogador deixa de ser acessória e se torna um fator-chave para reputação e permanência no mercado.
IA atinge fase de industrialização no iGaming
Um dos achados mais fortes do relatório é a consolidação da inteligência artificial como infraestrutura operacional. A tecnologia já sustenta:
* detecção e prevenção de fraude e Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD);
* personalização e retenção baseada em dados;
* intervenções de Jogo Responsável em tempo real;
* automação de atendimento;
* desenvolvimento de jogos orientado a comportamento.
Mais da metade dos profissionais consultados atribui os níveis mais altos de importância à IA, indicando que o setor passou do entusiasmo inicial para a adoção sistemática.
“A questão deixou de ser se a IA será relevante e passou a ser em que profundidade ela será integrada à operação”, reforça Rubens Barrichello, diretor não executivo da SOFTSWISS.
Cibersegurança se torna um risco global crescente
A combinação de deepfakes, bots e ataques elevou a cibersegurança ao topo das prioridades corporativas. Pequenas e médias empresas continuam sendo as mais vulneráveis, muitas vezes sem infraestrutura adequada.
O relatório destaca a adoção de soluções mais robustas, como autenticação contínua, biometria, análise comportamental e camadas avançadas de proteção contra DDoS, que são ameaças que sobrecarregam um sistema para torná-lo inoperável.
Marca assume papel estratégico em um mercado mais competitivo
Com custos de aquisição em alta e a eficácia dos bônus em declínio, operadores redirecionam investimentos para fortalecer o brand equity, que é a percepção de valor de marca pelo consumidor. Restrições de publicidade, cada vez mais comuns em mercados maduros, aceleram esse movimento.
Tendências emergentes incluem programas próprios de fidelidade, campanhas culturalmente relevantes, parcerias de longo prazo com criadores e posicionamentos baseados em confiança e segurança.
A marca, antes secundária em um ambiente de expansão rápida, torna-se ativo central na diferenciação global.
Um setor mais regulado, tecnológico e consolidado
O “Relatório 2026 de Tendências de iGaming da SOFTSWISS” conclui que a indústria caminha para um ecossistema mais estruturado, fiscalizado e tecnologicamente sofisticado. Empresas que combinam compliance sólido, uso avançado de IA e posicionamento de marca consistente terão maior capacidade de escalar no cenário global.
“O panorama competitivo mudou. Crescimento sustentável agora depende de confiança, inovação responsável e resiliência operacional. Além disso, o conjunto formado por uso de IA, personalização, retenção de jogadores e gestão de risco traz oportunidades competitivas aos negócios. É o que acredito ser o futuro do setor”, resume Fellipe Fraga, CBO da EstrelaBet, cliente da SOFTSWISS.
SOFTSWISS
A SOFTSWISS é uma empresa internacional de tecnologia com mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de soluções inovadoras para a indústria de iGaming. A companhia detém várias licenças de jogos e fornece software abrangente para a gestão de projetos de iGaming.
O portfólio de produtos da empresa inclui a Plataforma de Cassino Online, o Agregador de Jogos com mais de 30.000 jogos de cassino, a Plataforma de Afiliados Affilka, o Software de Apostas Esportivas e o Agregador de Jackpots.
Em 2013, a SOFTSWISS revolucionou a indústria ao introduzir a primeira solução de cassino online otimizada para Bitcoin do mundo. A equipe de especialistas conta com mais de 2.000 funcionários.
Fonte: GMB
