O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), que reúne as principais empresas de apostas esportivas do Brasil e do mundo, considera que a recente decisão da Gambling Commission do Reino Unido, que suspendeu a licença da fornecedora Spribe, criadora do jogo popularmente conhecido como “aviãozinho”, reforça a urgência de o Brasil regulamentar também os provedores de tecnologia e jogos on-line dentro do sistema legal de apostas.
O episódio evidencia um princípio essencial para a integridade do setor: um fornecedor autorizado deve operar exclusivamente no mercado regulado, oferecendo seus produtos e serviços apenas a operadoras licenciadas e sujeitas à fiscalização do Estado. Essa regra é o que garante que a tecnologia utilizada nas apostas, dos algoritmos de jogos aos sistemas de pagamento, esteja alinhada às normas de segurança, transparência e responsabilidade social.
Ao prever a regulação dos fornecedores em sua agenda, a Secretaria de Prêmios e Apostas dá um passo decisivo para consolidar um ambiente competitivo e confiável. No entanto, é fundamental que o modelo brasileiro siga o padrão das jurisdições mais maduras, estabelecendo mecanismos de controle que impeçam provedores licenciados de atuar simultaneamente no mercado ilegal, sob pena de perda de autorização.
O IBJR defende que essa exclusividade é indispensável para proteger os apostadores, garantir igualdade de condições entre as empresas que operam dentro da lei e enfraquecer o mercado clandestino, que utiliza tecnologias sem qualquer garantia de integridade ou retorno justo ao jogador.
Com uma regulação completa, do operador ao desenvolvedor, o Brasil poderá fortalecer a credibilidade do setor, atrair investimentos e construir um ecossistema de apostas verdadeiramente responsável e sustentável.
Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR)
Fonte: GMB
