JUE 11 DE DICIEMBRE DE 2025 - 19:11hs.
Karen Cohen, diretora

“JobsBet foca no iGaming e garante os melhores profissionais para o sucesso de players no Brasil”

A JobsBet, empresa brasileira pioneira em recursos humanos no iGaming, nasceu para atender às necessidades de companhias interessadas no mercado em evolução com profissionais capacitados a atender todas as áreas que envolvem a indústria. A diretora Karen Cohen conversou em exclusiva com o GMB e destacou que adaptação regulatória, treinamento contínuo e análise comportamental são diferenciais para garantir um onboarding robusto e conforme na admissão de funcionários.

 

Games Magazine Brasil - Antes de mais nada, conte para os nossos seguidores com que objetivos nasceu a JobsBet.
Karen Cohen -
O objetivo foi facilitar a entrada de empresas estrangeiras no Brasil e ganhar velocidade na contratação, já selecionando bons profissionais adequados, com inglês, experiência e aproveitar a fase do licenciamento para ser a força para elas entrarem de forma adequada no país.

E, realmente, a gente fez isso com tanto sucesso e destreza que hoje a gente trata até de vagas no mercado internacional. No Brasil, já entrevistamos mais de duas mil pessoas que são do iGaming, analisando o nível delas de inglês, background no setor e mais.

A empresa no exterior se sente muito mais segura de contratar profissionais brasileiros – que era uma das regras para poder atuar no Brasil – com uma empresa que já fez esse trabalho para elas, avaliando o compliance dos funcionários, testes e outras análises, como se o candidato tem algum processo criminal. Então, foi espetacular, porque a gente viu que facilitamos muito a vida dessas empresas.

Como o Brasil é um novo mercado, alguns players chegaram tateando. Mas, conhecendo a JobsBet, eles falaram assim: “me sinto seguro, eu vou contratar aqui”. Então, essa segurança firmou a JobsBet no Brasil e agora também no exterior.

Como o RH se adapta a tantas mudanças regulatórias no setor de iGaming? Como isso impacta o recrutamento?
Temos de acompanhar diariamente. A gente tem algumas posições de compliance e de marketing. Então, o recrutamento e seleção tem de ser para aquele profissional que está toda hora com o dedo na tomada, escutando as notícias, acompanhando o que está acontecendo em Brasília, entendendo quais são as mudanças.

Então, essa parte de compliance, AML, KYC, o que está mudando? Quais são as novas regras? Nada é igual. Tudo está em constante mudança. Eu já fiz vários outros mercados, como o de saúde e o financeiro. Só que o iGaming é o mais eletrizante. É onde cada semana tem uma grande novidade, você tem de acompanhar e trazer profissionais que estão no mesmo ritmo para chegar já plugado. O timing, a velocidade é muito alta dentro do iGaming. Temos e nos adaptar. Realmente estar dentro do que está acontecendo, escutando as mudanças.

Quais são as posições consideradas mais críticas para o negócio de iGaming? Como vocês priorizam essas contratações?
Business Intelligence, fraude, área de pagamento, CRM, tráfego pago, trading odds. São algumas posições que mais afetam, uma das mais valorizadas, porque hoje a briga é de market share pelas empresas que tiveram a licença no Brasil.

A gente cava muito. Não adianta mais ser bom, tem de ser o melhor. E é por isso que a Jobs oferece também treinamento, porque eu acho que esse profissional tem de ser inquieto e em constante treinamento.

Dou o exemplo de um profissional que aprendeu sobre CRM. Mas quais são as novas ferramentas? Por isso uma das coisas que fazemos é viajar ao exterior para entender nos eventos e feiras quais são as novas tendências que virão de forma a antecipar tudo isso. Assim, dentro da nossa seleção, vem uma coisa muito lapidada e suave, para quando a empresa contratar, chegar à conclusão de que tudo encaixou perfeitamente e era o que ela precisava.

E se faltar qualquer coisa, a gente acopla, porque às vezes você vê profissionais muito bons, mas que falta algum tipo de treinamento ou o fortalecimento em algum ponto, especialmente para profissionais de tecnologia.

Temos também o Jobs Academy, uma plataforma virtual que ajuda em treinamentos, isso é um grande diferencial. Quer dizer, não é só recrutamento e seleção, isso é muito nível um. Fazemos o recrutamento e seleção, treinamos, checamos conhecimentos e verificamos se aquele profissional está performando do jeito que deveria, se está ótimo. E se não está, o que falta? Se ele está no nível sete, o que falta para ele chegar no dez? O que a gente pode dar para ele chegar no maior potencial?
É sobre isso, é sobre superação.

Você falou sobre idioma e capacitação. E sobre as competências comportamentais, o que a JobsBet mais valoriza nesses profissionais, diante de um ambiente de alta pressão, com operações, live trading e tanta dinâmica que é o nosso setor?
O profissional tem de ter, primeiro, um mindset positivo, ser uma pessoa positiva e para frente. Estamos nadando contra uma resistência muito difícil, tendo em vista questões de governo, e pontos tributários. Sabemos que o profissional de iGaming precisa ter um nível de resistência e de amor pelo que faz. Não é qualquer profissional, é aquele que está totalmente plugado, e que não se limita a trabalhar das nove às seis. É aquele que está toda hora escutando, que está em eventos, que traz o marido ou a esposa para participar dos eventos.

Ou seja, em primeiro lugar, resiliência, tem de ter muita calma, precisa escutar bastante, tem de ter a leitura do que está acontecendo, precisa se informar. Aquele brilho nos olhos que você tem em outras indústrias, nessa você multiplica por 10, porque se você não tem paixão pelo que faz, você não é do iGaming, porque tem de ser ultra apaixonado pelo seu trabalho. É um trabalho eletrizante e é preciso acreditar nele, porque há muitas barreiras e infelizmente a gente tem de rebater muitas críticas e conflitos. O profissional precisa saber fazer seu bom trabalho com muito amor, com muito respeito, com muita resiliência.

Qual é o maior desafio atualmente para atrair tanto talentos especializados em iGaming no Brasil quanto internacionalmente?
O maior desafio é achar o profissional certo e um deles, realmente, é o idioma inglês, que está impactando bastante. Recentemente eu estava fazendo uma vaga financeira, Financial Controller, com profissionais magníficos, mas que não se prepararam no inglês. Então, o inglês é uma coisa que hoje para o brasileiro está impactando muito e, assim, deixo o meu recado para todos que aprendam o idioma.

Se o profissional é de compliance, não pode parar, tem de escutar, ter boas lições e acompanhar o mercado e os eventos do setor.  Isso é particularmente importante para se construir um marketing pessoal, tão importante nesse mercado. Acho que esses são os desafios.

Nós estamos falando em idioma, que realmente é um grande diferencial, mas há outros aspectos, como o alinhamento cultural em equipes multiculturais, já que chegam profissionais da Europa, da Ásia e de toda a América Latina, ao Brasil. Como entender essa questão?
Você tem razão, o brasileiro tem um perfil muito expansivo e ligeiramente informal em alguns momentos, ou ele é muito comunicativo. Em uma entrevista de trabalho, às vezes você tem de ser sério e responder direto ao ponto. Às vezes uma resposta curta pode, de uma pessoa que mora no exterior, soar agressiva, dura, mas não, é uma forma de responder direto e reto. O brasileiro é muito mais emocional, só que a gente vai tratar com algumas culturas que são diretas e retas.

Ter esse alinhamento cultural, esse entendimento de como é a cultura no exterior, é fundamental para que o profissional se atenha a metas, que muitas vezes serão difíceis e desafiadoras. Com muita pressão.

Como o RH mede a performance dos profissionais em áreas que dependem 100% de resultados, como tráfego pago, CRM, aquisição de usuários?
Exatamente, o profissional entrega números, então, temos de estar atentos sobre o quanto ele vai crescer e o quanto vai trazer de lucratividade. Temos de nos acostumar a tratar de uma forma muito racional, muito numérica. É uma exigência, há um investimento muito forte do exterior para o Brasil e a gente vai ter de responder com números também. E chegaremos lá. É só treinar, dar o melhor, ter as melhores ferramentas e só trazer profissionais adequados para isso. Hoje percebemos que as grandes empresas já têm até KPIs para medir o profissional, então está tudo muito claro do que vai ser exigido, do que vai ser colocado.

Como vocês encaminham o tema de detectar riscos internos na contratação de profissionais, especialmente aqueles que vão trabalhar em áreas de pagamento, suporte, fraude?
A JobsBet é muito cuidadosa com esse assunto, porque atendemos muitos cargos de diretoria, em que é importante ter um passado limpo, sem antecedentes criminais. Checamos isso no detalhe, então essa pessoa, antes de ser levada para fazer a entrevista, já foi checada. Também temos muitas posições ligadas a fraude, então avaliamos isso e buscamos referências do candidato com ex-gestores.

De que forma é estruturado o onboarding para garantir que os novos colaboradores entendam de compliance, gestão de risco, Jogo Responsável e tecnologia?
Esse é um diferencial muito grande na JobsBet. Temos uma plataforma, o AcademyBet, e já aconteceu de fazermos 30 contratações para uma emissora de TV. Realizamos um onboarding com muito treinamento. E ele pode ser tanto virtual quanto presencial. E como a gente come, bebe e dorme pensando em iGaming, conhecemos todo o processo. Se for para a área jurídica, a gente treina de uma forma, se for para customer service, focamos em outros pontos. O mesmo acontece para a área de marketing.

Quem são os clientes da JobsBet, as empresas ou os profissionais? Queria que você traçasse um panorama de como equacionar esses dois lados da mesma moeda.
A gente trata com as duas pontas, o cliente é a empresa, que é quem requisita o nosso serviço. Mas temos um relacionamento magnífico com os candidatos para entender a fundo o momento da vida dele e o seu momento profissional. Nosso relacionamento é muito bom, tanto com as empresas como com os candidatos. É para as empresas que realizamos o serviço, mas sabemos que isso também muda a vida dos candidatos. Algumas empresas até mesmo terceirizam o RH para a JobsBet. Já realizamos trabalhos em Portugal, Espanha, Dubai... Muitos até nos perguntam a origem da empresa e ficam surpresos quando dizemos que somos uma empresa brasileira trabalhando na área de recrutamento no exterior.

Fonte: Exclusivo GMB