MAR 25 DE MARZO DE 2025 - 23:28hs.
Solução está disponível no mercado

IBJR contesta Loterj em ação no STF sobre limite geográfico de bets

O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), que representa empresas com cerca de 75% do mercado nacional de apostas online, quer entrar de vez na queda de braço que envolve as autorizações das loterias estaduais para as bets. Recentemente, o IBJR pediu ao STF para participar como amicus curiae de ação da Advocacia-Geral da União (AGU) contra a Loterj e admite que é possível impor limite geográfico aos sites credenciados pela autarquia.

O termo amicus curiae é usado para designar uma pessoa ou entidade que contribui com seus conhecimentos para auxiliar decisões judiciais.

Nessa petição, o IBJR contesta a alegação da Loteria do Estado do Rio de Janeiro de que não há meios técnicos de impor limitações geográficas à operação das empresas.

 



Segundo o IBJR, as plataformas já têm acesso a uma variedade de soluções de geolocalização disponíveis no mercado, diferentemente do que argumentou a Loterj no processo.

Em decisão no final de janeiro, o ministro André Mendonça havia determinado que a Loterj adotasse providências para impedir que empresas credenciadas por ela recebessem apostas feitas fora do estado do Rio de Janeiro, sob pena de multa diária de 500.000 reais à autarquia e de 50.000 reais ao seu presidente.

 



A Loterj aponta dificuldades de implementação de sistemas de bloqueio por geolocalização e pede ao STF prazo de 180 dias para que soluções tecnológicas sejam desenvolvidas para garantir a restrição da operação das bets credenciadas por ela.

 



Ao mesmo tempo, a Loterj sustenta a legalidade da operação, alegando que os apostadores aceitam formalmente que suas apostas estão sendo realizadas no Rio de Janeiro, onde ficam os servidores da autarquia. Além disso, a Loterj compara sua atuação com a de qualquer outro negócio de e-commerce.

 



Em sua defesa, a Loterj aponta que a regulamentação estadual aconteceu antes da federal e que a demora da União de criar as regras para o setor de iGaming fez com que o Brasil deixasse de arrecadar milhões em impostos, enquanto ela própria contribui com os cofres federais com impostos destinados à União.

Fonte: GMB / Veja