Mais do que números, a pesquisa traz um novo olhar sobre como as mulheres se relacionam com o mundo das apostas: com estratégia, consciência e protagonismo.
Liderança feminina na pesquisa
O estudo foi conduzido por três profissionais de destaque, que também são associadas da AMIG e fazem parte da equipe de pesquisa da KTO:
* Simone do Vale – Pesquisadora Educacionalista
* Maria Paula Nascimento – Gerente de Pesquisa
* Priscila Teixeira Ferreira – Pesquisadora Sênior
Juntas, elas mergulharam no comportamento das apostadoras brasileiras para entender motivações, hábitos, preferências e desafios enfrentados pelas mulheres nesse segmento.
Para Priscila Teixeira, pesquisadora sênior da KTO, "uma das descobertas mais valiosas foi perceber como o acesso à informação e à educação sobre apostas empodera as jogadoras. O público feminino já não pode mais ser tratado como coadjuvante. Ele é estratégico, está em crescimento e precisa ser considerado com mais intencionalidade pelas marcas e plataformas".
Um Mercado em Transformação
Os dados indicam que as mulheres não apenas estão cada vez mais presentes nas plataformas de apostas, mas também representam um público com alto potencial de engajamento e fidelização. A pesquisa também reforça a importância de ações de inclusão e de comunicação direcionadas, além de estratégias que levem em conta a diversidade de perfis dentro do universo feminino.
Mulheres Tomam a Frente em Jogos com Dinheiro Real
Segundo o levantamento com 550 entrevistados, a participação feminina em jogos com dinheiro real excedeu a masculina, com 51% - ainda assim, os homens são a maioria nas apostas esportivas (54%). A maioria tem entre 18 e 39 anos, possui nível superior e pertence à classe média. As principais regiões com maior número de apostadores são São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, com ampla predominância do uso de dispositivos móveis (85%) como principal meio de acesso.
"Entender o comportamento e as preferências das apostadoras brasileiras é essencial para a sustentabilidade do mercado de iGaming. Afinal, somos maioria da população brasileira", afirma Maria Paula Nascimento, gerente de pesquisa na KTO.
"Produzir e divulgar estudos como esse traz luz à importância do papel feminino na indústria, permitindo que ela se torne cada vez mais justa e equilibrada", diz ela.
Perfil Cauteloso e Motivado por Entretenimento
Diferente do estereótipo de aposta impulsiva, as mulheres se mostram mais cautelosas e com foco em entretenimento e socialização — motivação mencionada por 70% das participantes. Apenas 30% afirmaram apostar com visão de investimento. Entre as modalidades favoritas estão o futebol (65%), seguido de basquete, tênis e jogos de cassino como slots, roleta e bingo.
Apesar do interesse, apenas 11% se consideram apostadoras experientes e 48% ainda não utilizam recursos como o betbuilder (apostas combinadas). A maioria busca informações em notícias esportivas, amigos e tutoriais online — o que indica uma oportunidade de ampliar ações educativas no setor.
Gastos controlados e mais uso de ferramentas de proteção
O estudo também aponta um comportamento mais responsável em relação ao uso do dinheiro: 37% das mulheres gastam até R$ 200 por semana e demonstram mais propensão ao uso de ferramentas de autoexclusão e limites de aposta.
Barreiras culturais e oportunidades de inclusão
Ainda assim, desafios persistem: estigmas sociais, pouca representatividade nas plataformas e ausência de comunidades femininas são barreiras citadas. A pesquisa destaca a importância de campanhas de marketing mais inclusivas, personalização de produtos e criação de espaços de acolhimento e networking entre mulheres.
Futebol feminino em ascensão
Além do crescimento entre jogadoras, o futebol feminino se consolida como tendência de mercado. A pesquisa revela que 63% dos brasileiros têm interesse pela modalidade, chegando a 76% entre jovens de 16 a 24 anos. A final do Brasileirão Feminino 2024, que reuniu mais de 44 mil torcedores, e o aumento de 154% nas transferências internacionais de jogadoras brasileiras são evidências do avanço do esporte.
Perspectivas com a Copa do Mundo Feminina de 2027
Com o Brasil confirmado como sede da Copa do Mundo Feminina de 2027, o setor já se prepara para uma nova fase de crescimento. A expectativa é que eventos como Copa América Feminina, Eurocopa e a volta da Copa do Brasil de Futebol Feminino impulsionem ainda mais o engajamento de público e as apostas na modalidade.
Um novo olhar para o iGaming brasileiro
A pesquisa “Mulheres nas Apostas” reforça que a presença feminina no setor não é apenas uma tendência: é uma realidade em consolidação. Com um perfil diverso, responsável e cada vez mais engajado, as mulheres estão redefinindo o futuro do iGaming no Brasil — e o mercado tem muito a ganhar ao acompanhar esse movimento.
Fonte: GMB
Fonte: GMB